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Antes da política, Telmo teve destaque no futebol

Engana-se quem pensa que a ligação do ex-prefeito Telmo Kirst com o futebol começou no FC Santa Cruz, clube do qual foi presidente entre o fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000. Muito antes, na juventude, Telmo foi também jogador – e dos bons, de acordo com quem o viu jogar nos gramados do município. Ele atuava na posição de ponta direita e, antes de ingressar na carreira política, jogou no Rio Pardinho e depois no Linha Santa Cruz, na década de 1960.

Quem relembra um pouco dessa história é Paulo Trinks, atual presidente do Linha Santa Cruz. Ele conta que em 20 de maio de 1962, por ocasião da inauguração de seu novo campo de futebol, o clube organizou um torneio, cuja partida principal foi contra o Atlético de Sobradinho, equipe considerada muito forte e tradicional naquela época. “Foi um dia de festa. Começamos com uma missa pela manhã, e à tarde os jogos envolvendo o Linha, o Boa Vista e o Pinheiral. O jogo principal contra o Atlético começou por volta das 15h30. Chuviscou o dia inteiro e, apesar do mau tempo, teve um grande público”, recorda. O placar final da partida foi 7 x 6 para o Linha Santa Cruz, com dois gols marcados por Telmo.


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Antes disso, jogou pelo Rio Pardinho. A trajetória foi curta, mas produtiva, conforme lembra Darcilo Gressler, o Zezinho, ex-presidente e um dos membros mais ilustres da história do clube. Em 10 de setembro de 1961, Telmo Kirst foi titular do time que venceu o torneio do Dia do Futebol, promovido pelo Esporte Clube Tereza, de Vera Cruz.

Zezinho recorda que Telmo foi um bom ponta direita e poderia ter seguido carreira no esporte, caso não tivesse optado pelos estudos e pela política, no final dos anos 1960. Ele foi vereador, vice-prefeito, deputado, secretário estadual, presidente da Corsan, da CRM e, por fim, prefeito de Santa Cruz por dois mandatos.

Em 2018, Telmo foi homenageado pelo Futebol Clube Rio Pardinho pela atuação na equipe


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Trinks frisa que o futebol amador era motivo de grande movimentação naquele tempo. “O que tínhamos para fazer nos domingos? Era jogar bolão ou futebol. Televisão a maioria das famílias não tinha, e quem possuía cobrava ingresso dos outros”, conta.

Dessa forma, os sábados à tarde e os domingos eram dedicados ao esporte. “Lá em casa eram 11 irmãos, seis homens; só na minha casa tinha meio time. No vizinho era a mesma coisa. Então, três famílias formavam um time”, frisa, acrescentando a quantidade de equipes existentes num raio de poucos quilômetros na época. “Hoje, para você montar um time é uma trabalheira, porque as famílias não têm mais filhos, e nas que têm a maioria gosta mais do celular do que de futebol”, completa.

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