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Ano que termina foi de salários a conta-gotas

Os atrasos e parcelamentos de salários foram uma realidade com que os servidores públicos estaduais tiveram que conviver em 2016. E a perspectiva é de que a prática será constante também no próximo ano. O pagamento do 13º será feito em 12 vezes. A medida afeta 344 mil matrículas do Executivo, incluindo ativos, inativos e pensionistas. A folha do 13º soma R$ 1,25 bilhão. Os servidores do Executivo devem ter creditados em suas contas o valor de R$ 2,26 mil líquidos, por matrícula, o que corresponderá a 55% do funcionalismo com o salário quitado. A folha de dezembro deve ser finalizada até o dia 13 de janeiro. 

O governador José Ivo Sartori vai encaminhar à Assembleia Legislativa, em regime de urgência, projeto de lei estabelecendo uma correção, nos mesmos índices da caderneta de poupança, para todas as parcelas do 13º salário, que serão pagas no último dia útil de cada mês. A Secretaria da Fazenda calcula um gasto extra de R$ 35 milhões. Segundo o Portal do Gestor RS, mantido pela Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos (Smarh), são 1.523 servidores ativos e 1.833 inativos em Santa Cruz do Sul.

A professora Lucinéia Gewehr Goettems, da EEEM Nossa Senhora de Fátima, afirma que o atraso nos pagamentos se tornou uma “bola de neve” e que precisa recorrer a empréstimos para conseguir pagar as contas. “Não há como contornar. É algo que se arrastou durante o ano. Quero ver se irão pagar o valor das férias, entre janeiro e fevereiro”, completa. Já a professora Marli Wermuth, do EEEF Bruno Agnes, esteve na agência do Banrisul para sacar o que foi disponibilizado pelo governo. “Estamos abrindo mão de muitas coisas, das economias, para destinar ao básico, como as contas de água e luz”, lamenta.

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