Os gaúchos vão começar o ano pagando mais pelos combustíveis. Com o aumento no valor de referência, de R$ 4,2594 para R$ 4,3033, para cálculo do ICMS da gasolina, que é de 30%, a tendência é de o litro fique em média um centavo mais caro.
Embora não represente um impacto tão expressivo no valor final, esta nova fórmula soma-se à política de preços praticada pela Petrobras desde o começo do ano e que vem provocando reajustes quase diários nas refinarias. Ontem mesmo, a estatal confirmou aumento de 1,1% para o diesel e de 1,7% para a gasolina. O repasse destes percentuais, no entanto, depende das negociações entre os donos de postos e a distribuidora.
Segundo o Sulpetro, que representa os revendedores de combustíveis no Rio Grande do Sul, a adoção de um novo valor de referência não vai representar necessariamente aumento na receita dos postos. Em nota, o sindicato classificou o momento atual do setor como de extrema dificuldade, justamente pelos reajustes constantes definidos pela Petrobras.
Entre 4 de julho e 23 de setembro, foram 114 comunicados de alta na gasolina e 117 no diesel. Nesse mesmo período, o preço da gasolina A, na Petrobras, aumentou 25,3% e o do etanol anidro, 28%, refletindo no custo da gasolina automotiva em quase 26% (mistura de 73% de gasolina pura com 27% de anidro).
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Na prática, porém, os ajustes ficam nas casas decimais, mas mesmo assim são suficientes para mexer com os preços no mercado. O Sulpetro reconheceu na nota que é difícil ao consumidor compreender e aceitar estas variações nos preços dos combustíveis, se a inflação, neste mesmo período, foi pouco superior a 1%.
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