Com um grande número de adeptos, a cultura japonesa se faz presente não só no Japão, mas em vários lugares do mundo. Devido à globalização, pessoas de todos os cantos aderem a diversos costumes orientais, como vestimentas, comidas e principalmente tecnologias diversas, as quais estão presentes no dia a dia de todos. Dentro desta temática oriental, a indústria da animação se coloca como um dos grandes pilares da economia do Japão. Com milhões de espectadores e simpatizantes do gênero anime no país oriental, a animação japonesa também se difunde cada vez mais na parte ocidental do globo.
No Brasil, o gênero aumenta o número de espectadores a cada ano. Conforme um painel estilo mapa de calor com os países que mais assistem animes no planeta, divulgado pela Netflix durante o Anime Slate 2017, ocorrido em Tóquio, logo após do grande berço Japão, o Brasil aparece junto com México, Itália, Alemanha, Chile e Peru, como países que mais assistem animes no planeta. O gênero, no Brasil, é exibidos há mais de 40 anos. Para os mais antigos, títulos como Don Drácula, Menino Biônico, Piratas do Espaço e o fenômeno Cavaleiros do Zodíaco, são lembrados com grande carinho pelos fãs. Para os mais jovens, a paixão fica clara quando alguns títulos famosos são mencionados, como Pokémon, Naruto, Dragon Ball Z, One Piece, Death Note, Attack on Titan, entre outros ainda mais atuais.
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Assim como as grandes metrópoles brasileiras, que possuem um expressivo número de simpatizantes do gênero de animação japonesa, a região Centro Serra do Rio Grande do Sul também conta com um amplo número de fanáticos por animes. É o exemplo do cosplayer Kevin da Silva Pinto, de 26 anos. O morador do Centro de Sobradinho destaca que a paixão por animes começou quando passou a assistir os clássicos desse gênero na TV aberta. “Tudo começou quando eu estava na 8ª série, indo para o ensino médio. Um dia coloquei na Rede TV por engano e estava passando Pokémon, me sentei para olhar. A partir disto comecei a assistir todo dia. Colocava meu celular para despertar na hora do programa. Um dia estava conversando com meu irmão e um amigo, e ele questionou, ‘está vendo Pokémon dublado? Eu vou te dar alguns DVDs com anime legendado’. Ele me deu um monte de DVDs de Naruto Clássico legendado. Aí comecei a assistir e ver que a legenda tinha bastante diferença da dublagem. A partir disso comecei procurar mais animes em sites específicos”, explica Kevin.
O fã do gênero também relata sobre a importância do anime em sua vida. “Antigamente, para mim era uma válvula de escape. Mas, conforme o que eu ia assistindo, fui conhecendo vários gêneros, com temáticas mais tristes e que refletiam mais sobre a vida. Então comecei a ver que eram mais do que apenas desenhos. Muitos animes que vejo, busco fazer um paralelo, procurando algo que me atraia nele. A história tem que me prender e me suprir de alguma forma, pois alguns me ajudam a entender a mim mesmo. Acredito bastante que você pode se conhecer assistindo animes ou até melhorar algo em si mesmo”, destaca.
Além da própria animação, outra forte vertente do gênero busca tornar personagens das telas de TV em pessoas reais. A arte de cosplay, que é de se caracterizar conforme o personagem favorito de animação ou de games, é algo que vem crescendo muito nos últimos anos e se vê muito presente nas redes sociais. Neste aspecto, Kevin, que também é cosplayer, destaca que já participou de várias competições no Estado. “Faço cosplay há 10 anos mais ou menos. Lembro que fui no primeiro evento de anime com 14 anos. Vi o pessoal fazendo isso e fui tirando foto com todo mundo. Na época, eu não tinha conhecimento nenhum de como confeccionar um cosplay. Lembro que o primeiro que fiz foi o Sasuke, do Naruto Clássico. A partir disso participei de muita coisa, agora já estou mais maduro nesse quesito. Entendo bastante de como fazer o cosplay. Isso tudo é um processo bem divertido, pois atrás de tudo existe uma pesquisa bem grande sobre cada personagem a ser caracterizado”, conclui Kevin.
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Há evidências de que os animes surgiram após a Segunda Guerra Mundial, quando os japoneses começaram a ter mais contato com a cultura ocidental, principalmente com os Estados Unidos. O que chamou atenção dos japoneses foi a transição da produção de quadrinhos para desenhos animados. Em 1967, começaram a ser produzidos os primeiros desenhos criados por japoneses, os atuais animes. O primeiro produto do gênero a ter sucesso expressivo foi “Hakujaden” (A Lenda da Serpente Branca).
Os animes tem características marcantes e que diferem dos desenhos ocidentais, como personagens com olhos bem grandes e definidos, além dos enquadramentos diferentes, o uso de cores fortes também é visível nesse estilo de animação. Os gêneros e temáticas presentes são muito variados, podem ser abordados romance, drama, ficção científica e terror. Um elemento muito característico também é a voz do personagem. Mesmo que dublado no Brasil, as vozes são selecionadas de acordo com a personalidade do personagem, as vezes com vozes poderosas e fortes, ou calmas, harmoniosas e tranquilas.
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