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Animais podem ficar sozinhos em casa? Veja o que diz médica-veterinária

Ao fazer a adoção de um animal de estimação, o tutor precisa estar ciente de que será necessário atender às necessidades dele, como alimentação e carinho. No entanto, uma das preocupações dos donos de pets é quando precisam ficar longe de casa por alguns dias. Nesse momento, surgem dúvidas sobre o que fazer e se é recomendado deixar gatos ou cachorros sozinhos na residência.

A médica-veterinária Ana Paula Backes Lisboa, que atua no Hospital Veterinário da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), explica que os cães e gatos têm necessidades diferentes no que se refere à atenção.

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“Os cachorros tendem a ser mais dependentes de seus tutores. Eles podem desenvolver comportamentos destrutivos se deixados sozinhos por muito tempo.” A recomendação da profissional é não deixar os animais sozinhos dentro de casa por mais de 12 horas, principalmente os cães que, geralmente, fazem as suas necessidades na rua. “Eles podem vir a desenvolver ansiedade e problemas de comportamento”, explica.

Já os felinos, segundo ela, toleram um pouco mais o distanciamento de seus tutores, mas é preciso observar que isso também varia de animal para animal. “Os gatos, mesmo não demonstrando, sentem sim a falta do tutor, e também podem acabar desenvolvendo doenças pela ausência do seu dono, devido a imunossupressão e estresse. Entre as principais estão as retroviroses e a cistite idiopática”, alerta Ana Paula.

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Conhecer o seu animal de estimação é fundamental

Antes de o tutor  tomar qualquer decisão, é necessário que tenha conhecimento de como o seu animal de estimação age no dia a dia. A médica-veterinária Ana Paula Backes Lisboa orienta que a pessoa, ao sair de casa por mais de um dia, no caso dos cachorros, procure deixá-lo no mesmo ambiente em que convive, mas que o pet receba visitas diárias de uma pessoa de confiança. “Assim, o animal permanece no mesmo ambiente, podendo ser levado para passear e ganhar nova alimentação, o que evita a ansiedade no cachorro”, explica.

A veterinária também coloca como alternativa as creches para pets. “Se estiverem acostumados, é uma recomendação.”

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No caso dos gatos, a preferência é que sejam mantidos em um ambiente conhecido, sem a introdução de novos felinos ou pessoas. “Alguns aceitam muito bem visitas; para outros pode ser um fator estressante. Então, somente conhecendo bem o seu gato para saber o que é melhor para ele, sempre visando o bem-estar.”

O que fazer em caso de desassistência

Quando um animal de estimação estiver sem assistência, como alimentação, água e demais necessidades, a Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade de Santa Cruz informa que isso enquadra-se como maus-tratos. O cidadão que presenciar ou constatar a situação deve fazer um boletim de ocorrência na Polícia Civil, de forma presencial ou online. Em caso de flagrante de maus-tratos, pode-se acionar a Brigada Militar pelo número 190.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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