A comissão parlamentar que conduz o processo de cassação do vereador afastado André Scheibler (PSD) na Câmara de Santa Cruz realiza nesta quarta-feira, 22, a rodada final de depoimentos de testemunhas. O último a falar será o próprio Scheibler, que vem acompanhando todas as audiências desde a semana passada. O interrogatório dele está previsto para as 11 horas. Conforme o advogado Ezequiel Vetoretti, embora tenha direito de ficar em silêncio, Scheibler pretende falar.
Na terça, 21, dois ex-assessores de Scheibler, Éder Joel Schmidt e Luiz de Oliveira, apontados como “servidores fantasmas” pela Operação Feudalismo, do Ministério Público, compareceram à comissão, mas optaram pelo silêncio, por orientação de seus advogados.
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A comissão também ouviu o depoimento de pessoas indicadas pela defesa que confirmaram que Oliveira cumpria funções como assessor de Scheibler. Uma delas, Nelsi Reis, moradora de Linha Áustria, relatou que Scheibler ajudou na estruturação de uma associação de eisstocksport e o apoio foi todo intermediado por Oliveira. “Era público que ele trabalhava como assessor do André”, disse. Outro foi o ex-secretário de Transportes Gérson Vargas. Ele confirmou que Oliveira, enquanto assessor parlamentar, costumava levar até ele pedidos de serviços em comunidades, sobretudo na região de João Alves.
Também prestou depoimento o ex-secretário de Agricultura Aldo Welker, que trabalhou na Prefeitura durante 11 anos. Ele atestou que recebia demandas encaminhadas por Oliveira e ainda garantiu que jamais algum desses pedidos envolveu serviços de interesse particular. Welker, que também foi assessor de Scheibler na Câmara entre 2005 e 2008, afirmou ainda que o vereador nunca exigiu parcelas de salário. “Isso jamais foi insinuado. Nunca dei um centavo para o André.”
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