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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Andamento de processo revolta os pais de Gabriele Schulte

Gabriele morreu no dia 10 de dezembro, depois de 30 dias internada

Neste domingo, o acidente que levou a estudante Gabriele Schulte a perder a vida depois de 30 dias na UTI completa um ano. Para os pais da jovem, Fábio e Débora Schulte, foi um ano de saudade.

Além de aprender a conviver com a dor e a ausência da filha caçula, o casal não se conforma com o fato de o culpado pela colisão, que já foi indiciado pela Polícia Civil de Santa Cruz do Sul, responder em liberdade. Esta semana, a segunda audiência do processo que tem Leonardo Kroth como réu foi adiada por causa da ausência de uma testemunha. A nova data ficou para abril de 2020.

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“É um martírio para nós. Faz um ano do acidente no domingo e o motorista vai continuar solto até o ano que vem. Isso que é a nossa tristeza”, comenta Fábio. A mãe de Gabriele conta que os amigos da filha dizem ver Leonardo dirigindo pela cidade com frequência. Ela pede que o caso não seja esquecido. “A gente vê que continuam ocorrendo acidentes com jovens e não queremos nunca que caia no esquecimento o que aconteceu com a nossa filha.”

Mas, para a equipe da 2ª Vara Criminal do Fórum de Santa Cruz do Sul, onde corre o processo, o caso está tramitando de forma rápida, se considerada a sua complexidade. De acordo com o órgão, a existência de diversas testemunhas arroladas torna o processo um pouco mais demorado que o comum e difícil de ser resolvido nas primeiras audiências.

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Quanto ao fato de Kroth responder em liberdade, a 2ª Vara informou que esse é o procedimento previsto em lei, já que não houve prisão em flagrante, ou seja, no dia do acidente. O mesmo vale para a cassação da carteira de habilitação do réu, que só poderia ocorrer após o julgamento do processo, como pena acessória a uma possível condenação.

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Kroth foi indiciado quase cinco meses após o acidente pela 1ª Delegacia de Polícia de Santa Cruz. Na época, a delegada Ana Luísa Aita Pippi, que comandou a investigação, explicou que as averiguações foram desafiadores, porque começaram 30 dias após o acidente. Antes disso, tratava-se apenas de uma ocorrência com lesão corporal – sem morte –, por isso, era preciso que Gabriele manifestasse vontade de abrir uma investigação contra Kroth para que a polícia pudesse agir.

Apesar dos desafios, a delegada conseguiu reunir as provas necessárias e indiciou o jovem por homicídio doloso na modalidade de dolo eventual – quando se assume o risco de matar. Na tarde dessa quinta-feira, 7, a reportagem da Gazeta do Sul procurou Leonardo Kroth, mas ele não respondeu até o fechamento desta edição.

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Estudante tinha 19 anos quando faleceu | Foto: Divulgação

Entenda o caso em cinco momentos

1 – No fim da madrugada de 10 de novembro de 2018, Gabriele Schulte, de 19 anos, pegou carona com Leonardo Kroth, 20, para voltar de uma festa que estava acontecendo na sede campestre do União Corinthians, na Zona Norte de Santa Cruz do Sul. Antes de ir para casa, eles pretendiam lanchar em um posto na Rua Carlos Trein Filho com amigos que também haviam saído da confraternização.

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