Ana Marcela Cunha ficou fora do pódio das águas abertas (maratona aquática) da Olimpíada de Paris 2024. Campeã nos Jogos de Tóquio, em 2021, a brasileira era uma das esperanças de medalha para a prova disputada no Rio Sena, mas viu o trio do pódio despontar na frente e ficou na quarta posição nesta quinta-feira. A outra representante brasileira, Viviane Jungblut, foi a 11ª colocada. A prova é uma das que mais gerava apreensão por causa da qualidade das águas do Sena.
Apesar de a organização da Olimpíada garantir que o nado aconteceria apenas quando o rio atendesse critérios de qualidade, a cor da água chamou atenção durante a prova. O Sena passou por um processo de limpeza para os Jogos de Paris, ao custo de cerca de 1,4 bilhão de euros (cerca de R$ 8,7 bilhões).
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Na véspera da prova, a velocidade das águas foi medida de 3,2 a 4,8 km/h, o que significa um grande esforço para avançar contra a corrente. Isso foi visto durante a prova, obrigando as atletas a preferirem a margem do rio nos momentos em que nadavam no contra-fluxo do rio. Além disso, o sol também irradiava contra as nadadoras.
A primeira volta foi fechada com liderança da australiana Moesha Johnson. Neste momento, Ana Marcela estava a 18 segundos da líder. Viviane passou na décima posição, com 28 segundos de desvantagem para a ponta.
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Rapidamente a disputa passou a ser puxada pela holandesa Sharon van Rouwendaal, ouro no Rio-2016 e prata em Tóquio. Ela travou um duelo com a Moesha, que retomou a frente próximo dos 5km da competição. Naquele momento, Ana Marcela era a quarta, a 3s5 da posição que a colocaria no pódio e 9s5 do ouro.
A brasileira precisava de um sprint para encostar no trio de frente, que ainda tinha a italiana Ginevra Taddeucci. Ela abriu a última volta a pouco mais de 30 segundos do bronze.
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A última parcial mostrou uma aproximação de Ana Marcela, enquanto a nadadora italiana distanciou-se da dupla de frente. Mas não foi o suficiente, e a brasileira terminou na quarta posição, com tempo de 2h04m15s. Viviane Jungblut fechou em 11ª, em 2h06m15s.
A disputa pelo ouro ficou entre Moesha e van Rouwendaal. A holandesa assumiu a ponta próximo do fim e até foi ameaçada pela australiana, mas conseguiu o bicampeonato. Em Tóquio, ela chegou ao posto de primeira atleta a conquistar duas medalhas na prova. Agora, passa a ser a primeira a chegar três vezes ao pódio. Moesha Johnson ficou com a prata. Ginevra Taddeucci completou o pódio.
A prova de águas abertas masculina será na sexta-feira, a partir das 2h30 (de Brasília). O Brasil tem Guilherme Costa, o Cachorrão, como representante.
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