Principal nome das provas de velocidade do País na atualidade, Ana Cláudia Lemos está fora dos Jogos Pan-Americanos e também não deverá participar do Mundial de atletismo, que acontece daqui a exato um mês, em Beijing. Ela sofreu uma lesão no músculo posterior da coxa direita nas eliminatórias dos 200 metros em Toronto, nesta quinta-feira, 23.
“Sei eu o quanto treinei para chegar nessa competição. A gente selecionou as provas para se desgastar menos e chegar bem no Pan. Se tivesse tido algum sinal não teria entrado na prova. Estou saindo da competição sem ao menos ter melhorado a chance nos 200 metros”, lamentou Ana Cláudia, chorando, em entrevista ao Sportv.
A brasileira competia no estádio da Universidade de York pelo terceiro dia seguido. Na terça-feira pela manhã, correu as eliminatórias do 100 metros. Na quarta à noite, semifinal e final. Ana Cláudia chegou a baixar os 11s nas eliminatórias, mas o recorde sul-americano não foi homologado porque o vento a favor estava acima do permitido. Na final, decepcionou e foi só a sétima colocada, com 11s15.
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Mas ainda havia grande expectativa pelo que ela poderia fazer tanto nos 200 metros quanto no revezamento 4×100 metros. Na prova por equipes, será substituída por uma das duas atletas que foram a Toronto exatamente para serem reservas. Mas o time brasileiro sofre uma grande perda de qualidade, uma vez que Ana Cláudia fecha o revezamento e é pelo menos 0s5 mais rápida que as reservas.
Nos 200 metros, a melhor marca brasileira da temporada é de Rosângela Santos, que seria forte candidata ao ouro se tivesse sido inscrita no Pan. A carioca, entretanto, só correu os 200 metros pela primeira vez no ano após a tomada de índices. Por isso, a outra brasileira em Toronto é a menina Vitória Rosa, de apenas 19 anos, que avançou à semifinal com o quarto tempo da sua bateria.
Antes de Ana Cláudia, o Brasil havia perdido Joelma das Neves, também por lesão muscular, para o revezamento 4×400 metros. Já no time masculino de 4×100 metros, Codó foi liberado para voltar ao Brasil após queimar a largada na prova individual. O Brasil foi finalista do Mundial de Revezamentos em todas as quatro provas olímpicas e, por isso, forte candidato a ganhar medalha no Pan.
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