Horas antes da conversa de Amy Lee, a vocalista e líder do Evanescence, com o jornal “O Estado de S. Paulo” ao telefone, o site do jornal The New York Times divulgava um vídeo no qual exibia pessoas comuns à beira de uma plataforma para um salto de 10 metros de altura.
Embaixo, uma piscina receberia os corajosos. “Você pularia ou amarelaria?”, provocava o NYT. “É a mesma sensação de se tornar mãe”, compara a cantora da mais bem-sucedida banda de heavy metal gótico a surgir desde o fim da década de 1990, cujo primeiro grande hit, Bring Me To Life, de 2003, estreou já no topo das paradas dos Estados Unidos e do Reino Unido, além de ter alcançado boa rotação nas rádios brasileiras e na MTV daqui.
Logo de início, o Evanescence se tornou queridinho dos fãs daqui e, desde 2007, a banda vem incluindo o Brasil em suas turnês. Ao todo, foram 11 shows e a última passagem pelo País ocorreu em 2012, quando a banda excursionava com seu último disco de estúdio (chamado Evanescence, de 2011). Pode não parecer tanto tempo, mas, para Amy Lee, fundadora do grupo em 1995 ao lado do guitarrista Ben Moody, que deixou a banda em 2003, tudo mudou um bocado.
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Em julho de 2014, ela teve o seu primeiro filho, Jack. O grupo interrompeu as turnês por um tempo. No ano seguinte, foram apenas quatro apresentações, em 2016, mais 19. É somente agora, em 2017, que o motor do Evanescence foi colocado para girar de verdade. A primeira parada da banda será no Brasil, com apresentações em Brasília (20 de abril, no Net Live), Rio de Janeiro (22, no Vivo Rio) e São Paulo (23, no Espaço das Américas). O grupo segue pela América Latina e, depois, ruma em direção à Europa.
O salto, na vida de Amy Lee, hoje com 35 anos, é metafórico. Diferentemente dos anônimos mostrados pelo New York Times, ela não sabia o que encontraria dez metros abaixo. No vídeo, grande parte das pessoas desistia ao perceber a altura da plataforma. Ela, ao lado do marido John, teve coragem de dar o último passo. Deixou-se cair. E, pela primeira vez depois da gravidez, seguirá em uma turnê intensa até, pelo menos, julho deste ano. “Também tenho essa sensação antes de um show”, diz a cantora. “Fico nervosa. Tenho medo de errar. Ando em círculos para me acalmar. Sei que posso confiar em mim, mas existe uma tensão”, conta.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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