A última assembleia do ano realizada pela Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) foi marcada por decisões conjuntas. Uma delas é a de que não haverá turno único nos municípios integrantes e também que o mínimo para o reajuste nos salários dos servidores será de 6%. As duas demandas, entretanto, contam com variáveis, já que três cidades não mandaram representantes para a reunião. Por esse motivo, não há uma posição oficial ainda sobre o turno único.

“O contribuinte paga por um serviço, e decidimos não fazer turno único em respeito ao munícipes. Sabemos que isso ocasiona uma certa economia, mas a comunidade não concorda, sem contar a despesa que dá com horas extras”, comentou o presidente da Amvarp e prefeito de Encruzilhada do Sul, Benito Paschoal, enfatizando ainda que servidores da Saúde e da Educação, por exemplo, não costumam fazer turno único em qualquer cenário.

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Sobre a reposição salarial, há municípios que podem decidir contemplar os servidores com um percentual maior de aumento do que o definido, como no caso de Vera Cruz, que já assegurou 10% de reajuste. Também na assembleia, foi confirmado que Minas do Leão, na Região Carbonífera, que faz divisa com Rio Pardo, Pantano Grande e Vale Verde, passará a integrar a Amvarp. A prefeita Silvia Lasek, que participou da reunião, já havia oficializado no ano passado a integração de Minas do Leão ao Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale).

Foco nas rodovias

As rodovias também foram tema de debate na assembleia da Amvarp. Os prefeitos querem propor ao futuro Ministério da Infraestrutura e ao governo do Estado eleito uma solução para a duplicação da BR-290. Sobre a RSC-287, o prefeito de Vera Cruz, Gilson Becker, salientou a importância de uma ação conjunta dos municípios lindeiros da rodovia para desenrolar trâmites burocráticos que produtores terão para regularizar terrenos durante a futura duplicação.

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O prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, também agradeceu o apoio que os demais líderes municipais prestaram diante do temporal ocorrido no dia 2 de dezembro, que provocou estragos e deixou uma pessoa morta. “Foram R$ 13 milhões em perdas na agricultura e prédios públicos e privados, mas aos poucos estamos conseguindo nos recuperar”, disse.

Presidente da entidade fez críticas ao Censo

Na avaliação do presidente da Amvarp e prefeito de Encruzilhada do Sul, Benito Paschoal, a organização do Censo 2022, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deixou a desejar. Segundo ele, foram muitos os relatos de moradores que afirmaram não terem sido entrevistados pelos recenseadores. O fato causa um problema orçamentário no município.

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“Nossa população caiu de uma estimativa de 26 mil para 21 mil habitantes. Tivemos dois secretários que disseram que não passaram na casa deles para entrevistá-los, assim como outras tantas pessoas que trabalham até tarde nas lavouras e disseram que não foram entrevistadas. Pretendo judicializar em tribunais superiores esse fato”, disse Benito.

O prefeito de Vale do Sol, Maiquel Silva, disse que passou pelo mesmo problema e estava fazendo reuniões com alguns responsáveis para entender a dinâmica do trabalho. Entre as causas possíveis citadas por Silva está a prestação de serviço para pessoas em divisas do município que, no Censo, contaram para a população de outro.

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Representando o prefeito Nestor Ellwanger, o secretário da Indústria e Comércio de Candelária, Flávio Karnopp, disse que o Município enviou questionários para alunos de escolas levarem para casa e em empresas da cidade, para os moradores confirmarem se foram entrevistados, a fim de identificar possíveis faltas na pesquisa dos recenseadores. Na próxima terça-feira, 20, uma reunião foi agendada pelo prefeito Mano Paganotto, de Pantano Grande, com organizadores da pesquisa para tratar sobre esse assunto.

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