Em encontro virtual na manhã dessa quinta-feira, 29, os prefeitos que integram a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) debateram a decisão do governo do Estado de apenas liberar pequenos eventos em municípios que autorizarem o retorno das aulas. O prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge, disse que a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), que teve reunião no dia anterior, vai marcar encontro com o Ministério Público para debater as dificuldades de retomar as aulas, o condicionamento da liberação de eventos e a posição do órgão a respeito do tema.
“Em votação, a maioria dos presidentes das regionais foi contra o retorno das atividades presenciais nas escolas públicas e entendeu que os gestores têm autonomia para decidir sobre a liberação de eventos em seus municípios. A Famurs entende que não é o momento mais seguro para a volta das aulas, as prefeituras terão dificuldades para atender aos protocolos no transporte escolar e as instituições de ensino não estão preparadas”, frisou Butzge.
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O prefeito de Pantano Grande e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Cássio Nunes Soares, afirmou na reunião dessa quinta que o município não irá liberar o retorno das atividades presenciais. “Muitos alunos precisam de transporte escolar, e hoje não temos como viabilizar com toda a segurança necessária. São pelo menos 2,5 mil pessoas circulando, tendo contato umas com as outras”, afirmou Soares.
Transmissão
O encontro da Amvarp contou com a participação do professor e médico infectologista Marcelo Carneiro. Assessor da entidade nas ações de enfrentamento da Covid-19, ele apresentou o site geosaudevrp.org. Nele, os prefeitos e a comunidade podem acessar dados sobre a transmissão do vírus em cada município e na região.
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“A flexibilização e retorno das atividades presenciais nas escolas particulares não aumentaram o contágio da população em idade escolar na comparação com índices anteriores, que eram maiores no período de isolamento social. Muitos alunos entraram em contato com o vírus quando estavam em casa. Os gestores podem acompanhar todos os dados técnicos e tomarem suas decisões. Mas eu diria que não há problema algum em voltar se for mantido o distanciamento controlado e todas as medidas de prevenção e controle”, observou o médico.
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