O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 16, que o projeto de lei que permite a expansão da terceirização no país será votado na próxima quarta, mesmo sem que haja consenso. Na quarta, 15, voltou a ser adiada a votação da matéria – alvo de centenas de protestos em todo país pelo seu potencial de precarização das condições de trabalho. Foi uma derrota política de Cunha, que queria que ela ocorresse ontem mesmo.
“Quarta-feira que vem vai votar sem dúvida”, afirmou. “Você tem um projeto que está sendo debatido há 11 anos e tem um debate de cunho ideológico, que de uma certa forma contamina o processo”. Segundo ele, será “ótimo” se houver consenso. “Não dá para achar que todas as matérias têm que ser de consenso. Se fosse assim não precisava ter Parlamento.” Cunha disse ainda que “há a parte de governo, de Fazenda, de arrecadação, que estão mais ou menos acertadas”, e que “acabará acertando até o momento da votação”.
Na semana passada, foi aprovado o texto principal do projeto. Nesta semana, estavam sendo discutidas emendas propostas pelos deputados. São quase 30 sugestões apresentadas individualmente e cerca de 15 emendas que agrupam propostas. Protestos o projeto de lei aconteceram na quarta-feira em ao menos 48 cidades de 23 Estados, além do Distrito Federal.
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