A partir do dia 15 de agosto, praticamente toda a zona urbana de Santa Cruz do Sul passará a contar com coleta seletiva de resíduos sólidos. O contrato com a empresa Conesul Soluções Ambientais, que expande o sistema para mais 20 bairros, foi assinado nesta semana pela Prefeitura. A expectativa é ampliar o índice de reciclagem no município, que hoje é de 12%, e reduzir o volume de lixo encaminhado para aterro sanitário. O êxito da iniciativa, no entanto, dependerá da adesão da população à separação domiciliar.
Atualmente, a coleta seletiva é realizada pela Cooperativa de Catadores e Recicladores (Coomcat) em 15 bairros. Nos demais, há uma coleta única da Conesul. Com o novo modelo, o serviço vai alcançar todos os bairros, à exceção do Bairro do Parque, que possui densidade demográfica baixa. Nos bairros em que a operação já existe, o cronograma se manterá, pois a Coomcat seguirá à frente do serviço. Isso inclui regiões como Centro e Arroio Grande. Nos demais, que serão atendidos pela Conesul, a coleta de recicláveis ocorrerá em um dia da semana, enquanto nos outros dias haverá a coleta dos orgânicos.
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Todos os recicláveis recolhidos serão encaminhados para a cooperativa, que fará o processamento e comercialização. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Jaques Eisenberger, a coleta seletiva potencializa a reciclagem, já que há menos risco de recicláveis serem contaminados. Segundo dados da pasta, mais de 32 mil toneladas de lixo são levadas para o aterro sanitário de Minas do Leão a cada ano. A projeção, porém, é reduzir de 25% a 30%. “Mas se as pessoas não fizerem a separação em seus domicílios, não funciona. Por isso pretendemos fazer um trabalho forte de educação ambiental”, explicou Eisenberger.
Em 2020, a Prefeitura gastou R$ 11,1 milhões com o gerenciamento dos resíduos. Para ampliar a coleta seletiva, o governo vai desembolsar mais R$ 781,5 mil por ano. A aposta, no entanto, é de que o custo global caia paulatinamente com a redução da demanda sobre o aterro.
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É preciso acondicionar em sacolas diferentes os resíduos recicláveis e os orgânicos. Recicláveis incluem materiais como garrafa pet, jornal, revista, caixa de papelão, garrafa de vidro, embalagens longa vida, isopor, sucata de metal, latas de refrigerantes e alimentos, entre outros. Já os orgânicos envolvem casca de frutas e legumes, restos de alimentos e resíduos de podas de plantas.
Os resíduos recicláveis devem ser descartados somente nos dias em que a coleta seletiva passar pelo bairro ou diretamente no Ponto de Entrega Voluntária (Rua Venâncio Aires, 1445). Já os orgânicos serão recolhidos nos bairros nos demais dias, assim como resíduos não recicláveis, o que inclui, entre outros, papel higiênico, fio dental, madeira, papel engordurado e fraldas. Se os resíduos forem descartados no dia errado, não serão recolhidos.
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Outros tipos de resíduos devem ser descartados em separado. Eletrônicos e óleo de cozinha saturado, por exemplo, devem ser entregues diretamente no Ponto de Entrega Voluntária. Já para descartar pilhas, baterias, latas de tinta, medicamentos, pneus, lâmpadas e outros, a orientação é entrar em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
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