A manhã de sexta-feira, 30, foi de temperatura em zero grau na maior parte do Vale do Rio Pardo. Em alguns pontos, como no interior de Venâncio Aires, as mínimas foram negativas. Por enquanto, foi o amanhecer mais gelado na região e também em todo o Estado em 2021. A menor temperatura registrada nesta sexta, no Rio Grande do Sul, foi em São José dos Ausentes, com sete graus negativos. O frio deve seguir nos próximos dias.
De acordo com o meteorologista da MetSul Luiz Fernando Nachtigall, uma massa de ar polar deixa o tempo firme na região. A tarde promete ser com predomínio de sol, vento fraco e céu azul. As temperaturas máximas ficam semelhantes as dessa quinta, 29, com 14 graus.
O fim de semana também será de sol, mas com temperaturas baixas. As noites e madrugadas serão geladas, com temperaturas na média de zero grau. No sábado, 31, deve haver formação de geada na região. No domingo, 1º, ocorre formação de nevoeiro, em pontos localizados. Já as máximas, nos dois dias, serão mais altas que a desta sexta, ficando entre 18 e 19 graus.
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Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o professor de Agrometeorologia da Unisc, Marcelino Hoppe esclareceu que é possível proteger a lavoura da geada. Ele explica que quando a temperatura está em dois ou três graus, não é muito prejudicial para a lavoura, com exceção de hortaliças folhosas como a alface, por exemplo.
Isso porque o que vale é a temperatura do solo, que precisa estar abaixo de zero grau para prejudicar a plantação. “Para se ter geada no dia seguinte, é preciso ter tido uma noite limpa no dia anterior. Fazer fumaça ou usar um ventilador ajuda a bloquear para que o calor não escape daquela plantação, evitando assim a geada”, recomenda.
A irrigação é outra possibilidade já usado por alguns produtores. “A planta deve ser molhada antes que a temperatura chegue a zero grau, não pode passar muito disso. Assim, a água congela em cima da folha e forma um casulo congelado, que não atrapalha a planta. Quando isso é feito, a irrigação deve seguir até o outro dia, no amanhecer”, explicou o professor Hoppe.
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O recorde de frio em Santa Cruz do Sul foi em 14 de junho de 1967, com 3,6 graus negativos
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