O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que atinge o cérebro, principalmente dos indivíduos a partir dos 65 anos. É um dos tipos de demência mais comuns nessa idade. Segundo a Alzheimer’s Disease International, cerca de 50 milhões de pessoas são afetadas pela doença e a estimativa é de que esse número chegue a 74,7 milhões em 2030 e a 131,5 milhões em 2050, devido ao envelhecimento da população. Hoje, no Brasil, estima-se que existam 1,2 milhão de pessoas com a doença de Alzheimer.
De acordo com a geriatra Mariana Pritsch, ainda não é possível apontar uma ou mais causas para o aparecimento da doença de Alzheimer, embora existam inúmeros fatores de risco que podem contribuir para o aparecimento da patologia. Mas existem alguns elementos que podem influenciar na degeneração das células nervosas. Entre eles, genética, pressão alta, diabetes, colesterol alto, obesidade, traumatismo craniano, tabagismo e sedentarismo. “É preciso ficar atento a esses fatores de risco, pois eles podem acelerar o processo de desenvolvimento da doença. Além disso, um estilo de vida saudável reduz o risco de demência mesmo em pessoas com alto risco genético”, afirma Mariana.
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Algumas medidas podem ajudar a garantir a qualidade de vida de quem está doente e também de quem realiza os cuidados:
Segundo a Alzheimer’s Association, não existe um exame específico que identifique se a pessoa é portadora de Alzheimer. Mariana explica que ele é feito pela exclusão. Excluise primeiramente as causas de demência reversível, que são deficiência de vitamina B12, hipotireoidismo e alterações no fígado, por meio de exames laboratoriais. Já através de exame de imagem de crânio, descarta-se a presença de isquemia, hemorragia e tumor cerebral. Além disso, faz-se a triagem para depressão.
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A geriatra explica que o quadro clínico de um portador de Alzheimer costuma ser dividido em estágios a partir do diagnóstico.
Fase inicial: o paciente apresenta alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais, mas ainda tem autonomia e capacidade de decisão.
Fase intermediária: caracteriza-se pela maior dependência e os sintomas de comportamento costumam ser mais evidentes, interferindo na qualidade de vida do paciente e da sua família. Já apresenta dificuldades para falar, não consegue realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Outros sintomas comuns são agitação e insônia.
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Fase avançada: a dependência é completa para cuidados no dia a dia. Dependência física total e todos os comandos cerebrais foram destruídos. Não anda e quase não fala; não reconhece ninguém, nem a si mesmo. Aparecimento de infecções, especialmente urinária e pneumonia. A deglutição fica prejudicada, além do surgimento de feridas e problemas de circulação, por passar longos períodos sentado ou deitado.
Já é sabido que não existe cura para a doença de Alzheimer e que ela é progressiva. Mas Mariana destaca que manter um estilo de vida saudável (com alimentação balanceada, rotina de exercícios físicos, boas horas de sono e treinamento cognitivo) é fundamental. Segundo ela, existem diversos medicamentos que ajudam a melhorar temporariamente os sintomas de demência em algumas pessoas, mas com evidência científica questionável. “Então, sempre se discute com a família e com o paciente, se possível, sobre o risco versus benefício de usá-las, até porque não são isentas de efeitos colaterais”, acrescenta.
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