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Alunos do Marista São Luís produzem peças para robôs com garrafas PET recicladas

O instrutor Fabrício, com os alunos e o estagiário envolvidos no projeto: iniciativa em favor do meio ambiente

Os estudantes do Ensino Médio e membros da Equipe Cavalaria de Robótica do Colégio Marista São Luís, Lucas Weber Freitas (1º ano) e Luana Wolffenbüttel Machado (3º ano), com apoio do educador e instrutor de robótica Fabrício Noronha e do estagiário e ex-aluno Lucas Krainovic Landesvatter, desenvolveram um projeto inspirado na sustentabilidade e reciclagem de garrafas PET. Buscando atender às necessidades das estruturas mecânicas que criam ao longo do ano, especialmente em termos de rigidez, elaboraram um projeto que envolveu a aquisição de componentes eletrônicos e a impressão de peças necessárias para construir dois protótipos. O primeiro serve para filetar uma garrafa, ou seja, cortá-la em pequenos filetes de aproximadamente 10 milímetros. O segundo protótipo é capaz de derreter esses filetes e transformá-los em filamento de 1,75 milímetro, ideal para impressoras 3D.

Conforme o instrutor Fabrício Noronha, todo o filamento comprado pelo colégio é produzido com plástico e, dependendo da sua composição, não é facilmente biodegradável, o que representa um problema para o meio ambiente. Além disso, para a produção de uma peça rígida, como a base para um robô, por exemplo, se faz necessária a utilização de grande quantidade de material. “Diferentemente do que acontece com as peças produzidas através do PET, que, além da consciência ambiental, ficam muito rígidas e praticamente inquebráveis”, comparou.

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Segundo o estudante Lucas Freitas, vários testes foram realizados até que se chegasse ao protótipo que estão utilizando. “O tempo todo estamos aprendendo. Derreter o plástico nunca foi o problema, embora a cor da garrafa possa influenciar. De forma geral, todas derretem a 240 graus. O verdadeiro desafio está no motor que puxa e enrola o filamento já pronto. O primeiro protótipo tinha pouca força para puxar, então imprimimos outro com mais engrenagens, criando um sistema de caixa de redução, o que deu mais torque ao motor. Uma verdadeira aula de Física”, informou.

Luana revelou algumas curiosidades. “Cada garrafa de dois litros produz, em média, quatro metros de filamento. As transparentes são mais difíceis de imprimir, pois necessitam de uma temperatura mais alta tanto no processo de produção do filamento quanto na impressão 3D, em torno de 260 graus. As garrafas PET verdes são mais fáceis de imprimir. Nesse processo, percebemos que cada garrafa PET tem uma composição química diferente”, ressaltou.

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Lucas Landesvatter, estagiário e ex-aluno do Colégio Marista São Luís, ainda precisam avaliar o que fazer com as sobras do material utilizado. “A base das garrafas está sendo utilizada para guardar parafusos, pilhas e outros itens que usamos no laboratório, mas tudo deve ter um destino correto,” adiantou.

Para o diretor Nei Cesar Morsch, é gratificante ver a preocupação dos alunos com seus trabalhos e engajamento com a questão ambiental e sustentável. “Toda iniciativa que busca rentabilidade precisa se preocupar com os pilares da sustentabilidade: ter uma utilidade social, ser economicamente viável e ambientalmente correto. Assim entendemos que as tecnologias educacionais precisam estar alinhadas a esses conceitos, afinal, preparamos nossos estudantes para o futuro.”

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