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Na escola

Alunos cultivam flores em calçados velhos em Santa Cruz

Era uma manhã de sexta-feira, muito fria, mas com o sol radiante das dez horas. Com uma touca na cabeça e um casaco preto, longo e elegante, aparentando alguns anos mais jovem, Mariana Karnopp Fontoura, de 58 anos, sai da cozinha e vai até o pátio da escola com uma caneca em mãos. O vasilhame com água tinha um destino: regar as flores que desabrocham sem medo dos dias gelados na Escola Municipal Duque de Caxias, de Santa Cruz do Sul. 

Dois detalhes chamam atenção sobre o canteiro inusitado na escola de Mariana: primeiro porque, em vez de vasos, as mudinhas foram plantadas em calçados velhos. Segundo: em cada uma das flores há o nome de um educador ou aluno da instituição, inclusive o da própria Mariana. “Faz 16 anos que trabalho aqui, sempre tive o reconhecimento da direção e dos professores, mas é a primeira vez que recebo uma homenagem linda de uma aluna”, revelou Mariana.  

A aluna a que ela se refere chama-se Evilin Luísa da Silva, de 9 anos de idade. “Como trabalho na cozinha, na hora da merenda ela sempre vem me dar um abraço”, relata Mariana. A inspiração para se criar um jardim com calçados velhos surgiu da obra Sapato florido, de Mario Quintana. “A escola toda está envolvida no projeto e isso é muito positivo”, afirma a diretora Hedi Jacbos.  

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BORBOLETAS

Em uma outra ação do projeto que envolve Mario Quintana na instituição está a confecção de borboletas. A partir do trecho do autor “O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você”, alunos de todas as turmas confeccionaram insetos coloridos com os pais para decorar a escola. Os irmãos Laura e Lázaro Faccin, de 12 e 7 anos, tiveram o auxílio dos pais, Ana e Samir, para produzir o material. “Nós utilizamos isopor de pizza, ventilador, lâmpada, por isso ficou bonito, porque os pais ajudaram”, relatou Mariana. 

A intenção agora, segundo a idealizadora do projeto e educadora, Márcia Simon, é construir uma réplica da Casa de Cultura Mario Quintana no saguão da escola. “A iniciativa deu certo porque todos os educadores se envolveram”, avaliou Márcia.

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