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Natal

Alunos criam fábrica de brinquedos em Sinimbu

O Natal de pelo menos 73 crianças do interior de Sinimbu será mais alegre em 2017. Mal sabem elas, mas no próximo dia 17, um domingo, o grupo de trilheiros Cachorrada Sem Freio irá percorrer a área rural do município e entregar um mimo desenvolvido pelos alunos da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Frederico Kops. Trata-se de uma carretinha de madeira, elaborada pelas turmas dos terceiros anos. Batizada de Um brinquedo faz a diferença, a iniciativa está em fase de conclusão e já orgulha a gurizada.

O envolvimento em projetos sociais não é novidade para os alunos do educandário. Desde o início do ano os estudantes, incentivados pela professora Sandra Regina de Lima, já sentem o gostinho do que é trabalhar pelo outro. “No começo do período escolar estabelecemos uma meta: desenvolver, ao fim de cada trimestre, uma ação social que impactasse na vida das pessoas.” Promessa feita, promessa cumprida. Na Páscoa, a turma colocou a mão na massa e produziu 168 pacotes de bolacha, também entregues às crianças do interior. Depois foi a vez de os jovens produzirem cachecóis e os doarem para aquecer o inverno das famílias carentes. Mas ainda era preciso pensar em uma ação para encerrar o ensino médio com chave de ouro. 

Há quem diga que o universo conspira quando a intenção é fazer o bem, e com a galera da Frederico Kops não foi diferente. Segundo a professora Sandra, a empresa Neitzke doou mais de mil rodinhas de plástico que seriam inutilizadas. Não tardou para que os alunos colocassem em prática o espírito empreendedor e transformassem duas salas da instituição em uma verdadeira fábrica de brinquedos. 

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Guillherme Wagner foi quem incentivou a turma a desenvolver os carrinhos de madeira.
Foto: Rodrigo Assmann.

“Como eu já tinha uma noção de marcenaria, sugeri que elaborássemos carretinhas de madeira”, lembra Henrique Guilherme Wagner, 18 anos. O aluno ficou responsável pela criação de um protótipo e tão logo o modelo foi desenvolvido, as turmas dividiram as funções conforme suas potencialidades. “O interessante é que aprendemos a trabalhar em equipe”, disse Ana Paula Rabuske. Sem falar na realização pessoal em presentear a criançada que mais precisa com um brinquedo lúdico e cheio de significado.

Espírito coletivo

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No mesmo ano em que precisaram dividir as atenções entre estudos para vestibular e organização da festa de formatura, as três turmas de terceirões da Frederico Kops ainda se uniram para arrecadar doações. Apesar de contarem com as rodinhas, precisavam de madeira, tinta,  desenhos para enfeitar cada um dos carrinhos e materiais de marcenaria para a montagem.

Na onda do espírito coletivo, organizaram uma campanha dentro e fora da escola. Mobilizaram pais, professores e doaram até parte da mesada para dar forma ao projeto. “Acho que não precisamos de muito para sermos felizes. Podemos, sim, nos doar para os outros”, avalia Vera Lucia Rodrigues, 17 anos. E a profe Sandra, toda orgulhosa, corresponde. “Desde o ano passado, percebi que essa turma era envolvida. Quis plantar essa sementinha e mostrar que  há um mundo além do próprio umbigo”, complementou Sandra.

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