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EDUCAÇÃO

Alunos com necessidades especiais vão ganhar apoio importante no aprendizado

Foto: Luiz Fernando Bertuol SECOM

A Prefeitura de Santa Cruz do Sul vai garantir acompanhamento diferenciado a estudantes com necessidades especiais da rede municipal de Ensino Fundamental neste ano letivo. A iniciativa será possível a partir do projeto Escola Inclusiva, uma parceria com a Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc)/Unisc. Por meio dela, a universidade fornecerá estagiários para auxiliar os professores titulares, acompanhando estudantes especiais durante as aulas.

Conforme a assessora pedagógica da Secretaria de Educação, Ligia Maria Hoppe, a proposta surgiu da necessidade de atender de forma qualificada os estudantes com deficiência. Para ela, a proposta trará muitos benefícios em curto e longo prazo. Com o projeto, ela aposta na quebra de barreiras que dificultam a integração desses alunos. Os estagiários darão atenção individualizada ao público-alvo, tarefa difícil de ser executada por um único professor em turmas de muitos alunos. “A atuação dos estagiários é de grande importância para a execução do trabalho de inclusão, já que proporciona meios e estimula o estudante a aprender, dando a atenção de que ele tanto precisa”, justificou.

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A Secretaria de Educação identificou 70 crianças com necessidades especiais nas escolas municipais de Ensino Fundamental. A Apesc/Unisc já atua na seleção dos candidatos inscritos e espera divulgar os 70 estagiários selecionados até o final deste mês. Uma das coordenadoras do projeto pela Unisc, a professora Cleidi Lovatto Pires, explica que os estagiários vão auxiliar no desenvolvimento de atividades pedagógicas propostas pela professora titular. Os candidatos inscritos são alunos dos cursos de licenciatura da Unisc, nas áreas de Pedagogia, Educação Física, Física, Química, Matemática, Letras, Computação, História, Geografia, e Biologia.

Os selecionados passarão por curso de formação, focado em Educação Especial, e cumprirão carga horária de 20 horas semanais. Segundo Cleidi, professor e monitor deverão manter uma relação dinâmica e colaborativa para que o objetivo do projeto se cumpra. Os estagiários entrarão em ação a partir do dia 14 de março. Durante o transcorrer do contrato, eles receberão supervisão de profissionais da Unisc. Conforme a supervisora educacional da Secretaria de Educação, Mara Núbia Sandim, os estagiários orientarão os alunos no desenvolvimento dos trabalhos em sala de aula, além de dar apoio nas atividades de higiene, alimentação, locomoção e outras tarefas que exijam auxílio no dia a dia.

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A prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany, defende que a escola deve ser um ambiente acolhedor, onde os estudantes tenham reais oportunidades de convívio e desenvolvimento pessoal. “A escola ocupa uma grande parte do tempo da vida das crianças e precisa ser um lugar de realização plena. Por isso, temos nos esforçado para que ela seja usufruída amplamente por todos os alunos”, explicou. O secretário de Educação, João Miguel Wenzel, reforçou que a iniciativa é uma demonstração concreta de zelo com a infância e a juventude e está entre as prerrogativas do Município na área. “Como poder público e como sociedade, é nosso dever valorizar, proteger e incluir crianças e jovens com necessidades especiais”, salientou.

Pronto para começar

A notícia da implementação do projeto Escola Inclusiva foi muito bem recebida pelo casal Aline Walter Lemos e Eder Lemos. Pais de um menino autista, eles acreditam que a iniciativa trará grande contribuição ao nível de aprendizado das crianças com necessidades especiais. Aluno da Emef Luiz Schroeder, João Afonso, de 8 anos, é aluno do 3º ano, e terá pela primeira vez a experiência do acompanhamento integral de um monitor durante todo o ano letivo.

Em 2020, com o eclodir da pandemia, a família precisou, durante muitos momentos, improvisar formas de auxiliar o garoto nas aulas remotas, buscando até mesmo soluções na internet. Já no ano seguinte, no retorno ao formato presencial, o garoto teve a companhia de um monitor durante o período restante de aulas. “É imprescindível, a presença do monitor, ajuda a direcionar a atenção”, explica Aline.

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A família acredita que o projeto trará um grande aprendizado não só para as crianças, mas também para os estagiários que atuarão como monitores. Membros da diretoria da entidade Luz Azul – Associação Pró-Autismo, o casal considera que o projeto contribuirá para a qualidade do aprendizado das crianças beneficiadas. “A gente se surpreende com o que a escola nos informa, sobre o que eles aprendem. São muito capazes”, analisa.

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