O estudante paulista Pedro Lucas Lanaro Sponchiado, de 17 anos, conquistou uma medalha de ouro na IMO (Olimpíada Internacional de Matemática) em Cluj-Napoca, na Romênia, que terminou nesta sexta-feira (13). A última vez que um brasileiro conseguiu o feito foi em 2012. A equipe brasileira levou ainda outras quatro medalhas de bronze e uma menção honrosa e ficou na 28ª posição no quadro geral da competição.
O desempenho foi melhor do que em 2017, na IMO disputada no Rio, que o Brasil terminou na 37ª colocação, com duas medalhas de prata, uma de bronze e duas menções honrosas. No ranking da 59ª edição da IMO, este ano, os Estados Unidos ficaram em primeiro, Rússia em segundo e China em terceiro. Para conquistar o ouro, Sponchiado acertou 35 pontos dos 42 possíveis, nas duas provas. Ele ficou em 12º lugar na colocação geral entre os 594 estudantes que participaram da disputa.
“Ele conseguiu uma colocação melhor do que toda equipe da Coreia, por exemplo, que venceu no ano passado e é um país conhecido por ter um dos melhores níveis de educação do mundo”, diz Edmilson Motta, coordenador acadêmico da OBM (Olimpíada Brasileira de Matemática), responsável por organizar os treinamentos dos alunos.
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Os seis representantes do Brasil, todos de escolas particulares, foram escolhidos após quatro seletivas entre os estudantes premiados da fase nacional da 39ª OBM. A equipe foi liderada pelos professores Régis Prado Barbosa, de São Paulo, e Armando Barbosa Filho, de Fortaleza. Os dois estados se revezaram nas medalhas de bronze. Foram dois paulistas: Bernardo Peruzzo Trevizan, 16, e André Yuji Hisatsuga, 18. E dois alunos de Forteza: Bruno Brasil Meinhart, 17, e Pedro Gomes Cabral, 15. Lucas Hiroshi Hanke Harada, 17, também de São Paulo, recebeu a menção honrosa.
O Brasil participa da Olimpíada Internacional de Matemática desde 1979. Nessas quase quatro décadas, as equipes brasileiras conquistaram 130 medalhas: 10 de ouro, 43 de prata e 77 de bronze. Além de 32 menções honrosas. O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), um dos centros de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, foi o órgão responsável pelo treinamento da equipe. Dois atuais pesquisadores do instituto ganharam medalhas de ouro na olimpíada internacional: os matemáticos Artur Avila, em 1995, e Carlos Gustavo Moreira, em 1990.
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