Clima mais frio, sol e algumas bergamotas. Essa é uma combinação perfeita para muitos gaúchos. E nesta época, em que o inverno começa a dar as caras, essas frutas cítricas passam a se fazer mais presentes nas prateleiras dos supermercados, das fruteiras e das feiras. Quem tem um pé de bergamotas em casa, então, pode se considerar privilegiado.
Neste ano, porém, a produção da fruta será menor do que em 2021. Isso porque, segundo o extensionista rural agropecuário Vivairo Zago, da regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, o alto volume de chuvas que ocorreu no período da floração afetou o pegamento de frutos. Segundo o profissional, esse cenário se estende às demais frutas cítricas, como laranja e limão.
São diversos os tipos de bergamotas, como a comum, a ponkan, a okitsu, a pareci, a cai e a montenegrina. De acordo com Zago, a okitsu é a que costuma ser colhida mais cedo. Já a montenegrina tem colheita tardia, por volta de agosto ou setembro.
Publicidade
LEIA TAMBÉM: Conservação do Solo: produção sustentável e com qualidade
Além da menor produção, o extensionista explica que, em razão da estiagem, os frutos também estarão com tamanho reduzido. “Não foi feito raleio, que é uma técnica que dá um equilíbrio no tamanho de fruta. Muitos produtores não têm mão de obra suficiente pra fazer essa prática.” Segundo Zago, isso afetou principalmente as colheitas mais precoces. “Na montenegrina não vai ter muito efeito, porque é uma bergamota mais tardia.”
Para o extensionista, o Vale do Rio Pardo tem potencial para uma produção maior, mas o volume de cultivo ainda não é muito grande. “A região ainda peca por não ter produtores para abastecimento do mercado local.” Zago destaca que a bergamota tem um significado importante no Estado. “É uma fruta muito tradicional, é muito marcante no ponto de vista social e cultural.”
Publicidade
LEIA TAMBÉM: Aposentado dá exemplo com o cultivo de árvores frutíferas em Sobradinho
Quem também sentiu os impactos do clima foi a agricultora Clarice Stoelben. Ela comenta que vende as bergamotas dos tipos comum e ponkan, e verificou a redução de tamanho devido à estiagem. Segundo a produtora, que vende na feira rural do centro de Santa Cruz, o quilo está sendo comercializado a R$ 4,00. “A seca faz com que fiquem todas pequeninhas, mas ela fica mais doce do que quando chove”, observa Clarice.
O monitoramento e manejo da mosca-da-fruta devem ser feitos com armadilhas do tipo Cera Trap, segundo Vivairo Zago. “Quando o fruto começa a adquirir sabor adocicado, bem antes da maturação, tem que começar o manejo com esse produto. Ele pode ser encontrado em agropecuárias e ser associado com outros para fazer o controle.”
Publicidade
Segundo Zago, é interessante que o produtor faça o manejo bem antecipado. “É preciso ter uma regularidade de monitoramento e tratamento. O Cera Trap é um produto que atrai a mosca para dentro de um frasco que vai pendurado nas bergamoteiras.”
Mas há também tratamentos convencionais, como para podridão floral, que deve ser feito no momento da floração. O ideal é que o produtor procure a Emater para mais informações sobre o manejo adequado.
LEIA TAMBÉM: Produtos à base de erva-mate podem ser saboreados na Fenachim
Publicidade
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!
This website uses cookies.