Nesta edição da Gazeta do Sul, na matéria especial das páginas 18 e 19, conto um pouco sobre o distrito de Alto Paredão. Essa é a comunidade mais distante da área urbana de Santa Cruz do Sul, cerca de 50 quilômetros. Neste espaço, não darei detalhes da matéria, mas contarei sobre a minha experiência como repórter, pois nunca havia ido a esse local até a última quarta-feira. Nessa reportagem, estava acompanhado da colega e fotografa Rafaelly Machado, que também foi a motorista da nossa andança pelo interior.
A série de reportagens Vida no Interior engloba todos os distritos de Santa Cruz. Já passamos por Monte Alverne, Rio Pardinho, Pinheiral, Boa Vista, São Martinho e São José da Reserva. Em virtude da enchente de maio, tivemos que postergar um pouco a ida para um novo local, por causa da cobertura que se voltou para o assunto e pelas dificuldades de acesso a alguns lugares. Na semana passada, ficou decidido que a série seria retomada, e o local a ser abordado desta vez seria Alto Paredão. Logo visualizei no mapa que se trata do último distrito de Santa Cruz, e também o mais distante. Ao mesmo tempo em que a curiosidade bateu, surgiu a seguinte dúvida: o que vou escrever sobre esse lugar de que não conheço absolutamente nada?
Dentro da Redação Integrada da Gazeta, conversa vai, conversa vem, ideias foram surgindo. Fui procurar no Google mais detalhes sobre Alto Paredão, mas encontrei pouca informação. Também conversei com colegas que talvez pudessem orientar um caminho. Sem muitos detalhes, a única alternativa era pegar o carro e ir a campo ver o que iríamos encontrar.
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Na quarta-feira, assim como nos últimos dias, estava um frio danado, e o chimarrão nos aqueceu durante o trajeto, passando por estrada de chão, morros e vales, paisagens deslumbrantes, com muita natureza, com destaque para as araucárias, que remetem à Serra Gaúcha e estão em grande quantidade por lá. Naquele dia, a cerração se mesclava com as árvores, tornando a vista ainda mais atraente e encantadora. Observando todas as formações geográficas impressionantes que oferecem vistas panorâmicas e uma contemplação privilegiada da beleza natural da região, comentei com a colega Rafaelly: “Mas isso aqui nem parece ser em Santa Cruz, olha só quantos morros.” Estamos acostumados com a planície da cidade e a parte baixa do Vale do Rio Pardo. Foi encantador ter a oportunidade de explorar mais um pedacinho do nosso município.
Outra coisa que me chamou a atenção foi ao chegar no vilarejo da comunidade, que conta com uma estrutura de uma pequena cidade. Lá tem posto de combustíveis, posto de saúde, escola, rede bancária, lojas, comércio geral, advogado, serviço de internet e até uma pracinha. O que não tem por lá é sinal de celular.
Essa é mais uma experiência que ficará guardada em minha memória, sem falar na receptividade do povo local, que nos acolheu de braços abertos e com muita conversa boa. Em breve, seguiremos para mais um lugar. Até!
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