De 25 de maio a 27 de agosto, o preço do gás de cozinha foi reajustado seis vezes pela Petrobras. Em três meses, o valor do produto variou R$ 0,30, e o último reajuste, aplicado ainda na semana passada, elevou o botijão de 13 quilos, o mais usado em consumo residencial, a até R$ 73,00 em Santa Cruz do Sul (confira na tabela). Para quem cozinha comercialmente, no caso dos restaurantes, o desafio é inovar, aquecer o mínimo possível de água e incluir pratos crus no cardápio.
É o que faz o empresário Jair Pedro Giehl. No restaurante dele, o volume de clientes reduziu 70%, por conta do cancelamento de aulas causado pela pandemia do novo coronavírus. Além de faturar menos, ele depara-se com o preço mais alto do gás. “Eu já fui comunicado que haverá mais um grande reajuste, de 22%. Ainda não há data para ocorrer, mas virá”, alerta.
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O botijão utilizado no restaurante dele é o de 45 quilos, que custa, em média, R$ 250,00. Com a proposta de aumento de 22%, o preço irá ultrapassar a marca dos R$ 300,00. “Temos optado por fazer a carne assada, ao invés de na panela. Saladas cruas ajudam a compor o cardápio e, para lavar a louça, usa-se energia elétrica”, recomendou.
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O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral no Estado do Rio Grande do Sul (Singasul), Ronaldo Tonet, explica que os reajustes frequentes praticados pela Petrobras têm relação com o câmbio do dólar e a oscilação internacional do preço do barril de petróleo, do qual o GLP é derivado. “A política de preços da Petrobras é esta. O valor do botijão no Brasil tem relação com a venda lá fora”, confirmou.
Segundo Tonet, atualmente 30% do gás consumido no país é importado. Este seria, conforme o presidente do Singasul, outro fator que colabora para a frequência de reajustes seguidos experimentada pelos consumidores desde o mês de maio.
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