Quem transita pelo Loteamento Blumen Garten, em Linha João Alves, percebe o contraste dos terrenos baldios, encobertos por alta vegetação, em meio às casas. Em diversos pontos, inclusive, a área de passeio público está tomada pela sujeira e os pedestres precisam desviar para o meio da rua. Além desta situação há o risco, aumentado pelas altas temperaturas, de animais como cobras, aranhas e até mesmo lagartos.
E é justamente essa a preocupação dos moradores. Embora afirmem que pediram providências junto ao município, eles dizem que seguem aguardando por uma limpeza na área. Em grupos de WhatsApp, as famílias compartilham as mesmas reclamações e o temor de terem suas casas invadidas por insetos e outros animais. Muitas, aliás, reportam o receio por terem crianças pequenas, o que exige ainda mais cuidado para proteger os imóveis.
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Uma das pessoas ouvidas pela reportagem da Gazeta do Sul foi o condutor socorrista Alencar Alves Machado, 45, que há dois anos reside na Rua Paulo Adolfo Peise. Ele estima que cerca de 95% dos terrenos baldios estejam tomados pela sujeira. “Tem locais em que a vegetação está da altura dos muros das casas e até de alguns telhados”, destaca, acrescentando que nas raras vezes em que se vê alguma limpeza os proprietários ainda deixam a área destinada às calçadas com sujeira e sem pavimentação. Machado foi um dos moradores que denunciou a situação ao poder público. “Várias vezes eu fiz a reclamação no site da Prefeitura, mas não fazem nada. É como se a gente estivesse pedindo um favor. Enquanto isso, o IPTU tá aí para a gente pagar”, destacou.
Assim como muitos de seus vizinhos, ele precisa manter a casa fechada, praticamente todos os dias, para evitar a invasão de animais. Em outros casos, os próprios moradores tentam fazer a limpeza para amenizar o problema. É o que tem feito o operador de máquinas Leandro José Schäfer, 47, morador da Rua Milton Faller. “Aqui a vegetação está na altura do meu muro. Para não tomar conta, eu faço roçada uns três metros próximo da divisa com o meu terreno”, informou. Além disso, Schäfer colocou proteção embaixo das portas. “Não dá para deixar sem. A gente já encontrou aranha e barata dentro de casa. É muito perigoso; já precisei matar uma cobra aqui no terreno ao lado.”
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Da mesma forma, Schäfer fez reclamações à Prefeitura. “Pedi várias vezes e desisti porque ninguém faz nada. Vai fazer cinco anos que moro aqui e nunca foi feita a limpeza desse terreno baldio do lado de casa. Tentei localizar o proprietário pelo telefone da imobiliária que estava anunciando a venda, mas também não tive retorno”, contou. Tanto Machado quanto Schäfer observam que esperam, ao menos, que seja feita uma fiscalização na área e que os proprietários dos lotes sejam notificados para tomarem providências. “A gente não precisaria nem estar denunciando”, declararam.
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