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Alta nos insumos pode motivar protestos de produtores no Estado

Parlamentares, líderes do setor e técnicos reunidos na tarde de segunda-feira, 22, na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS), em Porto Alegre, alertaram para os riscos que ameaçam a próxima safra no Brasil diante do grande aumento dos custos de produção. Levantamento apresentado pela Fetag aponta a elevação de 160% no preço da ureia no último ano, 139% nos fertilizantes, 22% na ração, 53% no diesel, 64% na gasolina e 49% na energia elétrica. O impacto da alta nos custos de produção foi de 32% no milho, 38,3% na soja, 45% no trigo e 33% no leite, com tendência de escalada ainda maior nos próximos meses, e redução das cotações aos produtores.

A audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara também contou com a participação de grande número de dirigentes de sindicatos dos trabalhadores rurais e agricultores de todo o Estado. O deputado Heitor Schuch (PSB), proponente da reunião, disse que os dados indicam que a safra 2021/2022 deverá ser a mais cara do século. “A situação é crítica. Se nada for feito, haverá uma debandada de produtores e vai faltar comida no Brasil. Não há como produzir nessas condições, a conta não fecha. Nosso temor é de desabastecimento generalizado”, destacou.

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O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, criticou a ausência do Sindicato das Indústrias de Adubo no debate. “Ganham dinheiro às nossas custas, mas na hora de darem alguma explicação, fogem da raia”, disse. “O que está motivando esse aumento inexplicável de preços? De quem é a culpa? Da dependência externa do Brasil? Das restrições impostas por outros países? Por que não produzimos os insumos de que precisamos? Até onde vamos chegar? O cenário é desesperador”, acrescentou o dirigente.

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Como um dos encaminhamentos da audiência ficou acertado que será marcada uma reunião em Brasília com as partes que não estiveram presentes na audiência: Petrobras, Ministério da Economia, Ministério da Indústria e Comércio Exterior, fabricantes e revendedores de adubos. Também foi sinalizada a possibilidade de protestos em todo o Estado. Foi defendida ainda a necessidade de uma CPI para investigar a formação de preços dos insumos.

Reunião teve a participação de muitos sindicatos dos trabalhadores rurais e agricultores

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