Santa Cruz iniciou a semana com a confirmação do aumento de casos de dengue. Com base nos dados divulgados no boletim epidemiológico da tarde dessa segunda-feira, 12, a maioria dos indicadores cresceu em relação à segunda-feira passada. Entre os dias 4 e 11 de março, o número de confirmações passou de 69 para 103. Ou seja, foram 34 a mais, alta de 49,2%.
Já a quantidade de notificações saltou de 947 para 1.228 – um crescimento na ordem de 29,6%. Também houve um incremento no número de exames que aguardam resultado em razão de suspeita, que passaram de 226 para 400. Além disso, a quantidade de casos descartados subiu de 652 para 725. Até a tarde dessa segunda, o município registrava duas internações provocadas pela doença. Os pacientes recebem tratamento no Hospital Ana Nery.
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Segundo a coordenadora do setor de Vigilância e Ações em Saúde da Prefeitura de Santa Cruz, Francine Braga, os indicadores encontram-se dentro da normalidade diante do cenário nacional, que vem apresentando uma crescente desde janeiro. “Estamos em constante avaliação dos números e tomando as medidas cabíveis com grande brevidade”, afirmou. Francine destacou que o número de casos aumentou significativamente em comparação ao ano passado. Até o mês de junho, haviam sido contabilizados 86.
Em 2021, Santa Cruz foi a cidade gaúcha com mais registros de dengue – mais de 5 mil, além de cinco mortes. No ano seguinte, o total de infectados caiu em 80%. Em 2023, a diminuição foi considerável. “O diferencial de Santa Cruz é que nós temos a situação controlada, apesar do aumento de casos. Desde 2022 tomamos ações eficazes, como o mapeamento de todos os focos de dengue em toda a cidade, aplicação de larvicida e maior número de agentes”, informou.
Agentes de endemias da Prefeitura de Santa Cruz iniciaram nessa segunda a aplicação de fumacê nas áreas com concentração de casos de dengue. Pela manhã, o inseticida foi empregado em algumas quadras do Bairro Schulz e à tarde no Bom Jesus. Ainda haverá outras duas etapas: nos dias 14 e 18 de março.
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Segundo a coordenadora do setor de Vigilância e Ações em Saúde da Prefeitura de Santa Cruz, Francine Braga, os lugares selecionados concentram em torno de 30 casos positivos da doença. Nos quarteirões em questão, também foi observado um grande acúmulo de lixo. Para a profissional, isso demonstra que a população não está adotando as medidas de prevenção. “A falta de atitude da população nesses locais nos levou a ligar um sinal de alerta e a passar o inseticida”, afirmou.
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Além desses dois bairros, a Vigilância e Ações em Saúde também observa a situação do Faxinal. Na iminência de um alerta vermelho diante do número de casos, ações já começaram a ser tomadas. No entanto, não há, atualmente, previsão do uso de inseticida nesse bairro. “Queremos reverter a situação antes de precisar passar inseticida”, destacou Francine.
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Agentes de endemias e profissionais da saúde passaram a visitar empresas santa-cruzenses para somar esforços no combate ao mosquito Aedes aegypti. Desde o início de março, ações de conscientização estão sendo promovidas com os funcionários de estabelecimentos – que incluem a Philip Morris, BAT Brasil e Metalúrgica Mor. Nos encontros, são apresentadas orientações e dicas de cuidados que podem ser adotadas no dia a dia.
Durante esta semana, serão visitadas outras instituições, como as escolas localizadas em Monte Alverne, além do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), do Bairro Faxinal Menino Deus.
Empresas e entidades que quiserem participar devem entrar em contato diretamente com o setor de Vigilância e Ações em Saúde, pelo e-mail dengue.vigilancia@santacruz.rs.gov.br.
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A coordenadora do setor de Vigilância e Ações em Saúde da Prefeitura, Francine Braga, destacou que a aplicação de fumacê é considerada a última alternativa a ser usada. Além de agir no meio ambiente, o produto pode prejudicar a saúde de animais e de pessoas. Por isso, a prioridade é a prevenção, por meio da extinção de criadouros de focos do mosquito com o apoio da população. A aplicação do larvicida biológico também é preferida, com sua utilização em todo o município.
Conforme a coordenadora, a alternativa ao fumacê demonstrou sua eficácia no controle da dengue. “Estamos pelo terceiro ano aplicando o larvicida biológico e conseguimos conter e reduzir em 80% o número de casos e ficamos dois anos e meio sem óbitos. E o inseticida não deixa de ser um veneno. Vamos escolher usá-lo como última ferramenta”, enfatizou.
Para que não seja necessário o uso de fumacê, basta que os moradores dediquem alguns minutos do dia para conferir seus lares. “Mais de 80% das larvas dos mosquitos então dentro das residências e não em locais públicos ou terrenos baldios”, afirmou Francine. Para prevenir, é necessário observar vasos de plantas, piscinas, bebedouros de animais e recipientes com água parada.
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