O chinês Confúcio (551ac.-479ac.) afirmou que “um homem que comete um erro e não o corrige, está cometendo outro erro.” Mais: um anônimo ditado também já dizia: “Muita gente aprenderia com seus erros se não estivesse tão ocupada negando que os cometeu”.
Suspeito que o presidente Bolsonaro ainda esteja sob efeito de medicamentos suficientes para perturbar suas ideias e planos. Caso contrário, como explicar a sucessão de trapalhadas, confusões e, principalmente, falta de liderança?
Admitamos, entretanto, em sua defesa, que mal e mal assumiu, eis que passou mais tempo no hospital que no exercício da presidência. Mas, de qualquer modo, ainda que hospitalizado, não deixou de se comunicar com os subordinados.
Publicidade
Entretanto, se houve comunicação, como de fato houve, foi de qualidade duvidosa e desfocada no que é essencial em qualquer nova administração. Essencial é evitar falatórios gratuitos e sem relação com o projeto de governo.
Já passou da hora de dar um basta em alguns dos seus ministros que continuam falando como se em campanha eleitoral e expressando opiniões inoportunas, impróprias e desqualificadas.
Assim como cabe, imediatamente, embora redundante, alertar o vice-presidente Mourão acerca da natureza do seu papel institucional. Se é parte do governo, como de fato e direito é, deve lealmente guardar a solenidade e a discrição que o cargo exige.
Publicidade
Porém, a manter sua prática de comentarista de ocasião, mais parece um semeador de intrigas palacianas, eis que inevitável a comparação (entre presidente e vice) de estilos e atributos intelectuais. Afinal, o simpático e bem falante Mourão é parte do governo ou “amigo da onça”?
Então, se o presidente Bolsonaro tem planos de colocar em prática sua agenda e proposta de governo, apoiada e aprovada popular e eleitoralmente, deve agir rápida e incisivamente, sob pena de prosperarem dúvidas suficientes para agravar e fragilizar a estabilidade governamental.
Para tanto, há providências inadiáveis a serem tomadas. Além de chamar atenção do vice-presidente e dos ministros, deixar imediatamente de lado a comunicação através de Twitter, WhatsApp e outras redes sociais. Esta prática é para profissionais e não para amadores.
Publicidade
Por último e não menos importante. Pelo contrário. O presidente deve ordenar imediatamente a cada um dos seus filhos que passem a cuidar exclusivamente de suas vidas pessoais, profissionais e políticas.
Dito de modo simples e grosseiro, seria: “Calem a boca.” Se os filhos quiserem “lavar roupa suja”, que lavem apenas em família. No almoço de domingo!
Publicidade