A alma é única, mas o repertório é bastante variado, apresentado na forma de um recital de música de câmara, com voz e balé, que transita do erudito ao popular. E entre a alma brasileira e a universal, evocando o caráter expressivo e artístico da música e da dança, através dos sons, palavras e gestos. Nesse universo, reúne pérolas do repertório erudito europeu, reverencia o tango com Astor Piazzolla e o colorido da música brasileira, de Pixinguinha a Villa-Lobos. O espetáculo Alma Única será apresentado nesta quarta-feira, a partir das 20 horas, na Praça Getúlio Vargas, como uma das grandes atrações desta Christkindfest. A entrada é franca.
Como protagonistas, presença da intérprete Rosimari Oliveira (soprano) e dos músicos Leandro Cardona (harpa), Marcos Corrêa (violão), Arlei Mont’Negro (percussão) e Tita Sartor (flauta), e da bailarina Débora Brandt Alencastro. Todos de Porto Alegre. A apresentação em Santa Cruz do Sul é fruto de uma parceria da Assemp, Secretaria Municipal de Cultura e Sesc, com financiamento do Ministério da Cidadania e Pró-Cultura RS LIC. Patrocínio da Biocitrus, por meio do financiamento da LIC.
As intervenções da bailarina, aliadas às diferentes combinações dos intérpretes, com destaque para a voz de Rosimari e a harpa de Cardona, instrumento com sonoridade de rara beleza, tornam o espetáculo digno da reunião de linguagens tanto do ponto de vista conceitual como estético. Representa a sinergia artística envolvendo a dança, o canto e a música de câmara, levando para o ambiente dos teatros e salas de concerto a possibilidade de uma apresentação íntima e aconchegante, mas com a intensidade e a riqueza que as linguagens da dança e da música entrelaçadas propiciam.
“Nós pensamos na interação com o público, na visão plástica do espetáculo, onde tudo se integra”, diz a soprano Rosimari Oliveira. “O espetáculo, através da sua diversidade, busca construir no espectador um enredo imaginário de encantamento e encontro artístico entre a música, a dança e o canto”, afirma o diretor musical e flautista, Tita Sartor.
Para a bailarina Débora Alencastro, Alma Única traz à cena uma conversa direta com a música e a dança. Ambas ocorrem no palco simultaneamente e, de certa forma, a dança está abraçada pela música. “O espetáculo traz um certo aconchego nesse concerto, com seu repertório cuidadosamente selecionado e atenciosa condução cênica.”
Programa
Marcos Corrêa Prelúdio
Giaccomo Puccini (1858-1924) O Mio Babbino Caro
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Henry Bishop (1786-1855) Lo! Here the Gentle Lark
Camille Saint-Saëns (1835-1921) Le Cigne
Fernando Obradors (1897-1945) El vito
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Jacques Ibert (1890-1962) Entr’acte
Astor Piazzolla (1921-1992) Adiós Nonino, Libertango
Vitor Ramil (1962) Estrela, Estrela
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Dori Caymmi (1943) Porto
Heitor Villa-Lobos (1887-1959) Melodia Sentimental
Waldemar Henrique (1905-1995) Tamba-Tajá
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João Pernambuco (1883-1947) Sons de Carrilhões
Pixinguinha (1897-1973) Lamentos
Waldir Azevedo (1923-1980) Brasileirinho
Villa-Lobos (1887-1959) Bachianas Brasileiras no 5, Cantilena
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