Pela segunda vez na história, o Brasil é campeão mundial no atletismo. Alison dos Santos, aos 22 anos de idade, derrotou o recordista mundial Karsten Warholm e o norte-americano Rai Benjamin para levar a medalha de ouro nos 400 metros com barreiras masculino em Eugene, nos EUA, na noite de terça-feira, 19, com tempo de 46s29, sua melhor marca e recorde do campeonato.
A medalha de prata ficou com Benjamin, com 46s89, e o bronze com outro americano, Trevor Bassitt, com 47s39. Warholm terminou em sétimo com 48s42. O norueguês chegou a liderar a primeira metade da prova, mas sentiu fisicamente nos últimos 200 metros. Ele havia se lesionado em junho e estava sem ritmo de competição.
Medalhista de bronze em Tóquio 2020, Alison teve uma ascensão meteórica nos últimos quatro anos. Uma evolução que é coroada após uma temporada perfeita, invicto em todas as provas que disputou. Ele repete o feito de Fabiana Murer, brasileira campeã mundial no salto com vara em 2011.
“Sabe quando você sonha com uma coisa e acorda todos os dias da sua vida, sabendo o que tenho que fazer para alcançar essa vitória, o lugar mais alto do pódio e melhorar meu resultado. Falar é fácil, o negócio é vir fazer. A gente estava treinando bem e sabia o que fazer”, disse Alison ao Sportv. Dedicando a vitória à sobrinha recém-nascida, o corredor afirmou que é “uma sensação muito boa alcançar o topo do mundo”.
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Apesar de ter apenas 22 anos, ele destaca sua maturidade como um fator essencial para o título. “A frieza. Trazer isso para a prova, saber que aqui é a parte fácil, competir é fácil. Não tem dor ou estresse. Eu fico nervoso nos treinos. Aqui eu me sinto em casa, sou o Gelado”, brincou, referindo-se ao personagem que virou seu apelido.
Sobre o futuro, Alison já planeja o próximo passo: ser uma lenda. “Alguém que daqui a 30, 40 anos, quando falarem de 400m com barreiras, vão lembrar do Alison dos Santos.”
Para isso, a mira está no recorde mundial de Warholm. “A gente tem noção que essa marca [45s94] é possível. A gente sabe como melhorar. Não é questão de se, mas de quando”.
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Na zona mista, Alison ressaltou a importância do seu resultado em seu país. “Quero abrir as portas para os brasileiros, porque sou o primeiro cara a ganhar o Mundial. É muito incrível fazer todo mundo ver que eles podem vir ao Mundial e ganhar, que não é impossível.”
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