É sabido que comer frutas, legumes e verduras faz bem para o ser humano. São alimentos ricos em fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes. Além disso, é possível escolher as frutas ou legumes mais adequados de cada época; afinal, o ideal é optar por alimentos da estação, respeitando o ciclo natural de crescimento.
Em períodos do ano como este, em que o calor predomina, alimentar-se de itens mais leves e saudáveis faz toda a diferença. A nutricionista Isabel Vitiello, docente do curso de Nutrição da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), explica que abacaxi, manga, jabuticaba, pêssego, pitanga, maracujá, amora, melão, nêspera, uva e abacate são frutas desta época.
LEIA TAMBÉM: Repensar 2022: projeto terá novas ações focadas no meio ambiente
Publicidade
Os legumes deste período são abobrinha, batata-doce, berinjela, cenoura, tomate, pepino, milho, pimentão amarelo, beterraba e ervilha. Já as verduras são almeirão, brócolis, chicória, couve, couve-flor, escarola, espinafre, mostarda, folhas de nabo, rabanete e quiabo. “Em geral, as folhas escuras”, acrescenta.
Isabel Vitiello explica que, ao comprar frutas, verduras e legumes, é necessário escolher uma quantidade que será consumida brevemente. “Ao estocar, mesmo que na geladeira, corre-se o risco de não consumir e ficarem velhos. Lembre que nem sempre esses alimentos, quando são grandes, são os melhores. Muitas vezes os menores são mais saborosos, guardam maior valor nutricional e reduzem o desperdício.”
LEIA TAMBÉM: O importante papel do nutricionista para a saúde e bem-estar
Publicidade
Ainda segundo a nutricionista, para manter ao máximo os nutrientes desses alimentos é preciso começar higienizando, lavando em água corrente. “Faça uma solução com uma colher de sopa rasa de água sanitária (10 ml) ou hipoclorito de sódio (20 ml) em um litro de água. Cubra as frutas, legumes e verduras na solução por 15 minutos. Lave em água corrente e deixe secar naturalmente ou seque em papel-toalha ou pano de prato limpo. Acondicione em potes ou sacos plásticos específicos, não os de supermercado, e guarde na geladeira”, orienta.
Outra boa dica é cobrir o fundo de um recipiente (vidro, inox ou plástico) com papel-toalha e colocar os alimentos higienizados. “Cubra com a tampa e guarde na geladeira. Os folhosos duram mais tempo assim.”
LEIA TAMBÉM: Dicas para uma alimentação saudável na correria do dia a dia
Publicidade
Diego Henrique Hauth, de 26 anos, é produtor rural de Linha Santa Cruz e vende alimentos na feira do Bairro Independência. Ele conta que tudo o que oferece é produção dele. De acordo com Hauth, a estação é crucial. “No inverno, por exemplo, não tem como produzir milho, que, assim como o pepino, precisa de mais calor. E também dá geada e algumas culturas não têm resistência.”
Culturas de verão costumam ser plantadas nesta época e o plantio para em meados de abril, por causa do frio. Mas o calor excessivo também é um problema. “É preciso ter irrigação, sombrite, sistema de gotejamento.” Conforme Hauth, oscilações climáticas podem influenciar na alta dos preços, mas atualmente os valores estão estabilizados.
LEIA TAMBÉM: Feiras são fonte de renda e alimentação saudável
Publicidade
Quem consome muito os produtos da Feira Rural do Independência é Cristiane Spengler, de 40 anos. Ela optou pelo frugivorismo – regime alimentar baseado no consumo de frutas preferencialmente in natura – há dois anos e cinco meses. Cristiane conta que tomou a decisão para ter uma vida mais natural e melhorar o hipotireoidismo.
“Eu só como o que nasce em cima da terra. E o que eu mais como são frutas, tudo cru, porque é uma alimentação viva, todas as enzimas estão ativas, você tem todos os nutrientes”, frisa. Ela comenta que, ao fazer compras, costuma prestar atenção nas frutas que são da época. “Elas têm mais nutrientes e, além disso, o preço é melhor.”
LEIA TAMBÉM: Saiba como a alimentação saudável pode fazer diferença no rendimento escolar
Publicidade
Segundo Isabel Vitiello, para escolher é preciso atentar à aparência das frutas, legumes e verduras. Confira as dicas da nutricionista.
Cascas, talos e folhas de alimentos concentram consideráveis quantidades de vitaminas, minerais, fibras e outros nutrientes indispensáveis ao funcionamento do organismo. “Por tabu ou desconhecimento, acabamos desprezando e desperdiçando. Às vezes as cascas podem ter até 40 vezes mais nutrientes que a polpa”, enfatiza Isabel Vitiello.
LEIA TAMBÉM: Censo mostra que população diminuiu em oito municípios da região
A nutricionista salienta que as cascas de maçã, de abacaxi, de laranja e de limão são ótimas se liquidificadas com água e coadas para sucos e chás. “Pode-se fazer geleias, pela presença de pectina, misturando cascas de diversas frutas. E não precisa muito açúcar, pois a fruta contém frutose. Dá para fazer sorvetes com casca de manga, bolos veganos de casca de banana e bolo de casca de abóbora.”
E você sabia que é possível até mesmo fazer farofas, risotos, caldos e omelete com talos e folhas? Brócolis, espinafre, couve-flor, beterraba, cenoura, batata e sementes de abóbora são ideais para isso. “Reaproveitar cascas, talos e sementes pode parecer insignificante, mas além de contribuir com as questões ambientais, promove saúde e bem-estar. Não esqueça de higienizar corretamente e dar preferência aos produtos orgânicos”, complementa Isabel.
LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO PORTAL GAZ
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!
This website uses cookies.