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Alexandre Haas: vermelho na bandeira e na paixão pelo futebol

É entre o vermelho do Internacional e o do PSTU que Alexandre Haas divide suas duas paixões. A primeira é quase uma herança familiar cultivada por seus pais. Já a última foi adquirida há menos de uma década, mas segundo ele, representou uma mudança drástica em seu jeito de ver o mundo.

Com pai eletricista e mãe empregada doméstica, Alexandre cresceu ao lado de três irmãos na região do Bairro Jardim Europa, próximo ao Acesso Grasel. Para ajudar a família, começou a trabalhar aos 12 anos, como estafeta em algumas empresas do Centro, mas continuou os estudos até completar o ensino médio. Depois de se formar, trabalhou como metalúrgico, safrista e açougueiro.

A primeira filiação partidária aconteceu somente em 2011, no PSTU, mas foi ao lado de amigos e vizinhos que se aproximou da política. Participou de quase todas as eleições que Lula concorreu para presidente, de 1989 até 2002. “Pedíamos votos de graça, porque o PT representava uma mudança. Eles tinham um olhar para quem precisava”, conta.

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Entretanto, a relação não durou muito. Já no primeiro ano de governo do ex-presidente, Alexandre se decepcionou. “Depois do ataque dele (Lula) à Previdência Social, nunca mais tive coragem de pedir votos para qualquer petista”. Depois da frustração, se distanciou da política partidária, constituiu família e se mudou para a Zona Sul.

Em 2009, quando trabalhava como açougueiro, conheceu um colega de trabalho que fazia parte do Sindicato dos Comerciários. Por influência dele, ingressou na entidade, onde conheceu as convicções do PSTU. “Sempre acreditei em princípios de justiça social e de igualdade, o PSTU só me clareou as ideias”, relata. Aos 43 anos, Alexandre garante que sua vida mudou com o sindicalismo e a filiação. “Eu virei um ser humano que se importa mais com outros do que com mim mesmo. Eu cresci como pessoa”.

Nas horas vagas, pai e colorado

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Longe das reuniões e negociações do sindicato e do PSTU, Alexandre dedica seu tempo ao  filho Pedro, de 9 anos, e à esposa Ana. “Quando eu fico em casa, eu aproveito a família. Tenho que aproveitar, porque às vezes me dedico mais aos outros do que para eles. Mas os dois me compreendem e me dão força para continuar”, conta.

Ao filho, Alexandre tenta passar, além das convicções, o amor pelo Internacional, que vem dos pais. “Ele não gosta muito de futebol, mas quem sabe daqui um tempo. Tenho que passar adiante”, relata. Para Alexandre, o clube porto-alegrense é quase uma herança de família. “Parte das minhas lembranças na infância são da minha mãe rezando para o Inter ganhar e do meu pai com o rádio no ouvido, escutando jogo”, relembra.

RAIO X DE ALEXANDRE

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Um livro: “Não sou muito adepto a leitura. Só leio jornal.”

Uma música: “Qualquer uma do Legião Urbana, Cazuza e Zé Ramalho. Sou bem eclético, só não escuto funk.”

Time do coração: “Internacional.”

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Um ídolo: “Cada um tem que ter o seu. O meu é o D’Alessandro.”

Um filme: “Gosto de vários, mas principalmente sobre a Guerra do Vietnã.”

Um hobby: “Assistir a jogos do Inter.”

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Um defeito: “Fumar cigarro.”

Uma qualidade: “Gostar de ajudar as pessoas e querer mudar a nossa sociedade.”

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