Colunistas

Alertas sobre golpes e fraudes

Na Gazeta do Sul dessa segunda-feira, 15, o jornalista José Augusto Borowski relatava, na coluna Memória, o caso de um golpe do bilhete ocorrido em nossa cidade, em 1949. Na época, falava-se em conto do bilhete. Possivelmente, tão antigos quanto a humanidade, os contos, golpes e fraudes fazem parte do repertório de crimes, apenas sendo reciclados aos longo do tempo, com a utilização de novas e modernas tecnologias.

A quantidade e diversidade de golpes e fraudes, principalmente financeiras, aumentaram muito durante a pandemia do coronavírus e continuam a fazer vítimas todos os dias. De vez em quando, algum caso de conto do bilhete ainda é notícia, mas, a maioria das fraudes e golpes atuais, de tão corriqueiros, não chegam ao conhecimento do público, restringindo-se às pessoas que sofreram o prejuízo.

Há quem acredite que, na época da ditadura militar, eufemisticamente chamada de regime militar, não havia tantos crimes como hoje, como se isso fosse fruto do regime de exceção que a sociedade vivia. Ignoram que o que vem com facilidade para a sociedade em geral acaba sendo utilizada também pelos meliantes. Os criminosos cibernéticos entenderam que, na prática, cada pessoa tem um terminal de caixa eletrônico no celular, com dinheiro na conta ou possibilidades de crédito. Entre os principais ataques feitos a pessoas físicas estão:

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  • contas falsas de pagamento com QR Code malicioso;
  • hackeamento de disposi9tivos celulares pra a criação de contas bancárias;
  • trojans bancários que infectam o celular e redicionam os pagamentos feitos em aplicativos bancários para e conta de um criminoso;
  • golpes feitos por meio de engenharia social;
  • uso de informações pessoais e fotos d vítima para a criação de contas laranjas, entre outros.

Além do uso de softwares maliciosos, instalados nos celulares e computadores sem o conhecimento dos proprietários,  os criminosos  valem-se da  engenharia social , descritos a seguir, para influenciar e enganar vítimas, obtendo delas  senhas de acesso:

1) Golpe do falso policial: adaptação do golpe do motoboy, os bandidos fingem ser policiais que, alegando que a conta bancária  da vítima foi invadida e que seu cartão, sob investigação,  precisa ser periciado, solicitam a senha  e encaminham alguém para o endereço indicado para  recolher o cartão;

2) Golpe do vírus do PIX:  fraudador se passa por funcionário do banco ou manda e-mails, links e mensagens e aplicativos, dizendo que a conta do cliente foi invadida, clonada, que há movimentações suspeitas, entre outras ocorrências; envia um link para instalação de um aplicativo que irá solucionar o problema mas que dará acesso a todos os dados que estão no celular, inclusive senhas.

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3) Golpe  do falso emprego:  dispondo de cadastro de pessoas que procuram  alguma vaga de trabalho, se passam por agências de emprego, oferecendo  excelentes oportunidades; insistem na urgência para aceitar a oferta, oferecendo até curso rápido para o candidato se adequar à vaga, com a exigência de transferir por Pix algum valor para os exames médicos e garantir a vaga;

4) Golpe do falso brinde/falso presente de aniversário: com dados pessoais, inclusive data de aniversário, os criminosos entram em contato com a vítima para entregar pessoalmente um brinde ou presente de aniversário;  apresentando-se como prestadores de serviços,  dizem desconhecer quem mandou o produto e pedem  o pagamento de uma taxa; a maquininha pode estar com o visor danificado, dificultando a visualização do preço ou, ainda, a vítima ser orientada a digitar  a senha no campo destinado ao valor da compra, o que permite ao bandido ter acesso ao código da senha.

5) Golpe do falso investimento: bandidos criam sites e perfis falsos em aplicativos de mensagens e em redes sociais, passando-se por corretor  ou funcionário de instituição financeira; oferecem opções de investimentos  com altos retornos, apelando para a urgência de fechar o negócio, sob pena de perder a oportunidade.

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Os criminosos estão sempre inovando e têm buscado se beneficiar da rapidez do Pix e de fraudes que têm contato direto com o usuário que é o elo mais frágil.  Algumas dicas podem prevenir golpes e fraudes:

– atentar ao receber e-mails, SMS e mensagens pelo WhatsApp, não clicando em links suspeitos;

– desconfiar de ligações de pessoas que se dizem funcionários  do banco;

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– nunca entregar  seu cartão a alguém que venha  retirá-lo em sua casa ou outro endereço;

– lembrar-se que bancos nunca ligam solicitando a instalação de aplicativos, nem solicitam senhas, números de cartão ou pedem  transferências ou pagamentos por telefone ;

– nunca compartilhar dados pessoais;

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– evitar senhas com números  sequenciais ou de dados pessoais (data de aniversário, por exemplo) e não anotá-las em bilhetes que ficam junto ao celular;

– ao pagar com Pix ou boleto  conferir o beneficiário;

– desconfiar de promoções com preços muito abaixo do normal ou de vendedores que querem urgência para decidir, sob pena de perder a oportunidade;

–  questionar presentes e brindes, mesmo no dia do aniversário,  sem saber a origem;

– em alguma transação, nunca perder de vista o cartão;

– cuidar ao digitar a senha para não ficar visível  para qualquer pessoa próxima  e nunca usar um computador público ou de um estranho para efetuar compras e colocar seus dados bancários.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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