Retorno de Rondônia, mais precisamente da acolhedora e planejada cidade de Rolim de Moura, de pujante comércio, apesar de seus apenas 55 mil habitantes.
Rondônia é um estado de grandes áreas de mata e campo, com intensa produção de gado. Também cresce na região a produção intensiva de peixes em açudes.
Conhecer e conviver no Nordeste e Norte brasileiro é sempre uma experiência gratificante, educadora e elucidadora. Mesclam-se de forma comovente a simplicidade, generosidade e alegria de nosso povo, especialista em bem receber conterrâneos e estrangeiros.
Publicidade
Tanto no Norte quanto no Nordeste fica muito evidente a dependência social dos recursos estatais federais e estaduais. A pobreza é majoritária.
Ainda que respeitadas e qualificadas opiniões defendam o centralismo político-tributário brasileiro, não conseguem me convencer sobre o quanto é pernicioso o atual modelo. E por quê?
Porque gera dependência política, social, econômica e financeira. Mas pior, muito pior, é a reprodução de um ambiente de “coitadismo e vitimismo”, que aniquila a autoestima popular, eis que submetido o povo à mendicância dos respectivos recursos.
De modo que demagogos, populistas e messiânicos mantêm e reproduzem o clássico coronelismo, porém travestido sob variada retórica. Fraudulenta, obviamente. Meus sentimentos de indignação e frustração transbordam a cada passo e paisagem dessas regiões do País.
Publicidade
Diante de tanta área geográfica, tanta terra virgem, como explicar a manutenção de alguns movimentos reivindicatórios, senão por mero aparelhamento político-ideológico.
Vales e bolsas “disso e daquilo” mantêm o povo “anestesiado e amansado”, sem ânimo reivindicatório, independente e libertador.
O Centro-Oeste e o Norte brasileiro, especialmente, têm um potencial extraordinário de ocupação físico-geográfica e exploração econômica, capaz de “libertar” o povo local, e por extensão beneficiar a todos nós, brasileiros.
Publicidade
Meses antes, eu estive em Manaus. Tanto naquela quanto nesta viagem, voltei com o sentimento de alegria e tristeza. Alegria pelo nosso povo e território e suas potencialidades, e tristeza por nossa evidente irresponsabilidade e incompetência na transformação definitiva da nação.
This website uses cookies.