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Ainda sem obras, situação fica pior na 471 e na 153

As promessas de melhorias na RSC-471 e na RSC-153, feitas no fim de outubro pelo secretário de Estado de Logística e Transportes, Juvir Costella, ainda não estão sendo vistas na prática. Em uma reunião com deputados, prefeitos e empresários do Vale do Rio Pardo, Costella sinalizou a possibilidade de que as obras se iniciassem na primeira quinzena de novembro na RSC-471, antes do feriado da Proclamação da República. Quem passou por lá nos últimos dias, contudo, não viu nenhuma máquina trabalhando e enfrentou as mesmas dificuldades.

É o caso do aposentado Edil Ricks, 70 anos. Na companhia do filho, ele se deslocou de Santa Cruz do Sul até Santa Vitória do Palmar, no Extremo Sul do Estado. Para chegar ao destino e depois retornar, teve que passar pela RSC-471 de Pantano Grande até Canguçu, no entroncamento com a BR-392. “Não é nem que esteja ruim, está crítico. Não é possível aceitar um absurdo desses”, afirma. O pior trecho, segundo ele, são os primeiros 20 quilômetros após o acesso a Encruzilhada do Sul.

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Ricks explica que a pista da direita no sentido Encruzilhada do Sul–Canguçu está pior, haja vista a quantidade de caminhões e carretas carregados que descem em direção ao Porto de Rio Grande. Ainda assim, a outra faixa também está esburacada devido às manobras e até mesmo ao tráfego na contramão para fugir dos buracos. Chama a atenção para o perigo dobrado durante a noite e nos dias de chuva. “Imagina passar por lá no escuro ou com as crateras todas escondidas pela água”, preocupa-se.

A situação é semelhante na RSC-153. Conforme Antonio Corte Vieira, o Daio, presidente da comissão Avante 153, uma equipe do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) circula periodicamente e tapa alguns buracos com asfalto frio. A solução, contudo, tem pouca durabilidade e comumente é levada pelas chuvas. “Infelizmente, nenhuma novidade. O Daer faz um trabalho emergencial, mas muito precário”, afirma Enoir Müller, o Kito, também integrante do movimento que pede melhorias no trecho entre Vera Cruz e Soledade.

No encontro realizado no último dia 29, Juvir Costella explicou que os contratos das empresas responsáveis pela manutenção das duas rodovias foram rescindidos por descumprimento de prazos. As próximas que assumirão a função terão que fazer não somente operações tapa-buracos, mas um recapeamento completo. “Há grande chance de as obras se iniciarem antes do dia 15 de novembro”, afirmou o secretário naquela ocasião, referindo-se à RSC-471. Até agora, entretanto, não há sinais de obras em andamento.

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Foto: Pro Flight Drones/Divulgação/GS

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Iuri Fardin

Iuri Fardin é jornalista da editoria Geral da Gazeta do Sul e participa três vezes por semana do programa Deixa que eu chuto, da Rádio Gazeta FM 107,9. Pontualmente, também colabora nas publicações da Editora Gazeta.

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