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Ainda faltam professores na rede pública estadual

Com as aulas iniciadas há um mês, as escolas da rede estadual ainda enfrentam problemas com a falta de professores na região. Com dados obtidos junto à 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), o número, que era de 28 professores faltando nos 18 municípios de abrangência do órgão no início do ano letivo, passou para 30 nesta metade de março – nove apenas em Santa Cruz. “Esses casos pontuais são ajustes de início do ano letivo. Tivemos muitas aposentadorias, licenças-saúde e pedidos de dispensa, mas estão sendo encaminhados novos contratos para todas as vagas faltantes”, justifica o coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura.

Após iniciar o ano letivo com falta de professores para as disciplinas de Matemática, Ciências e Educação Física, hoje a Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Paraguaçu, em Vera Cruz, tem o quadro completo. “Foram supridas todas as necessidades que repassamos à 6ª CRE”, comentou a diretora da Paraguaçu, Cleonice Nascimento.
O caso não se aplica à EEEF Petituba, de Santa Cruz, que não tem professor para as disciplinas de Educação Física nos anos finais (6º ao 9º ano), Matemática em duas turmas do 8º ano e Ciências em uma turma do 7º ano. “Nesses casos estamos mantendo os alunos na escola, encaminhando eles para a biblioteca e até deixando ir para o pátio. Os pais que podem estão vindo buscar seus filhos que não estão tendo aulas”, revela a diretora da Petituba, Luciana Gil Elias.

Pais se preocupam: como recuperar as aulas perdidas?

A santa-cruzense Carla Rodrigues Drochner tem um filho no 7º ano e um sobrinho no 6º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Petituba. “Os dois vão embora mais cedo pela falta de professores”, comenta Carla. O mais preocupante, de acordo com ela, é a falta de previsão para recuperação das aulas que foram perdidas. “Com a aprovação de um novo decreto pelo governador este ano, não será mais possível recuperar as aulas aos sábados. Vão recuperar essas aulas perdidas quando?”, questiona a mãe.

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O coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, comentou o decreto do governador Eduardo Leite a respeito das aulas aos sábados. “Segundo o decreto emitido pelo governador, só podem ocorrer aulas sábados sendo uma necessidade de terminar o ano letivo unificado com o município, contando ainda com a garantia de transporte escolar, e não sendo eventos culturais ou esportivos para valer como aula. Para a recuperação de disciplinas, nós orientamos as escolas a ampliarem a carga horária de outras matérias que já têm professores, para manter os alunos em sala de aula, e recuperarem as que faltam depois que as novas vagas forem preenchidas”, salientou.   

Outra alternativa, segundo Moura, seria recuperar as disciplinas durante o recesso do meio do ano ou ao término do ano letivo. Nesta terça-feira, uma reunião entre a 6ª CRE e a Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul (Seduc), em Porto Alegre, tratará da previsão para homologação das novas contratações de professores.

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