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Rio Taquari

Água começa a baixar e estragos são contabilizados em Venâncio Aires

Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate

Os moradores do distrito de Mariante, em Venâncio Aires, começaram esta sexta-feira, 10, contabilizando os danos e as perdas causados pelo alagamento que pegou a todos de surpresa – e eles devem continuar encontrando estragos por um bom tempo. Com casas que foram completamente ou parcialmente submersas, os residentes agora limpam e verificam se algo se salvou dos móveis, eletrodomésticos e outros itens.

A cheia, que é considerada a maior dos últimos 30 anos, atingiu casas e pontos comerciais em pelo menos nove localidades: Linha Chafariz, Mariante, Picada Mariante, Picada Nova, Linha Sertão, Travessão Mariante, Sanga Funda, Travessa Olaria e parte da várzea do Taquari Mirim. A cheia aconteceu entre a noite de quarta-feira, 8, e a madrugada dessa quinta, 9. 

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A chuva que atingiu a região desde o início da semana fez o nível do Rio Taquari subir e chegar à marca de 15 metros, quando o normal é 1,65 metro. Conforme levantamento inicial, mais de 1,5 mil residências foram atingidas na região. 

Nesta sexta-feira, iniciaram-se os serviços de limpeza. Desde as 6h30, a Defesa Civil trabalha não só no apoio em relação aos estragos mas também na distribuição de água potável e alimentos à população, que perdeu grande parte dos pertences na enxurrada. Conforme o secretário municipal de Segurança Pública e coordenador da Defesa Civil de Venâncio Aires, Dário Martins, o distrito parece o local de uma guerra. 

“Nós estamos preocupados em restabelecer o fluxo em terra para as pessoas. Já houve a demanda por parte do vice-prefeito do deslocamento do maquinário para a região, para desobstrução de vias”, informou, alertando que há muitos dejetos na rua e que é preciso cuidado. 

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Apesar da informação inicial de que o rio havia chegado a 15 metros, a extensão do problema pode ter sido ainda maior, conforme se vão recolhendo informações sobre a cheia. “Fala-se em 23 metros de alta no rio. Casas de dois pisos tiveram muros derrubados e água que chegou aos pés no segundo piso, comprometendo a estrutura”, contou Martins. 

A energia elétrica foi restabelecida ainda nesta manhã, mas não há previsão de retorno da água, por parte da Corsan. Além da Defesa Civil do município, um efetivo de 12 bombeiros de Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul e Cachoeira do Sul auxiliou no trabalho nos últimos dias. “Ainda existem pessoas ilhadas. Um comboio do Corpo de Bombeiros, com dois botes, irá percorrer outras áreas pelo rio, que está com menor correnteza”, explicou. 

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São recolhidas doações de roupas, materiais de limpeza e principalmente colchões, a serem destinadas às famílias afetadas pela situação. Conforme Martins, foi estabelecido um ponto de apoio aos moradores na Comunidade Nossa Senhora dos Navegantes, onde podem ser doados os itens e onde os residentes encontram água potável e doações. 

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