Diante da competitividade do agronegócio internacional, o engenheiro agrônomo se tornou fundamental. Além de cuidar do manejo das culturas de uma propriedade, desde o planejamento até a finalização da venda da produção, ele é capaz de agregar valor à prática agrícola ao considerar o desenvolvimento sustentável com ciência e tecnologias específicas.
Isso é especialmente relevante no caso do Brasil, que possui extensão continental e combina clima tropical com outros mais temperados. Ambos os ambientes colocam desafios específicos à produção: se as plantações do Sul sofrem com geadas, as lavouras do Centro-Oeste poderão estar mais suscetíveis à seca e a insetos, por exemplo.
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Graças ao desenvolvimento e manejo correto de uma série de técnicas agrícolas, que chegaram aos produtores a partir de uma política consistente de extensão rural, o Brasil foi capaz de passar de uma agricultura de subsistência para uma empresarial, caracterizada pelo emprego de alta tecnologia, uso eficiente de insumos (irrigação, adubos, defensivos etc.) e alta produtividade. Essa é uma mudança de estratégia importante que mostra a relação direta entre o agrônomo e o desenvolvimento socioeconômico, seja quanto à soberania alimentar brasileira ou à possibilidade da melhoria da balança comercial.
No Brasil, são mais de 120 mil pessoas ativas e registradas no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), órgão que administra o Crea. Cerca de 23 mil são mulheres e 96 mil são homens. São Paulo, Paraná e Minas Gerais são os estados com mais profissionais registrados. No Rio Grande Sul, são 2.206 mulheres e 9.678 homens registrados.
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Surge a agronomia
A agricultura é uma prática que conta com cerca de 10 mil anos, mas o desenvolvimento como campo de conhecimento disciplinar (com métodos científicos) é recente. A primeira escola de agronomia foi criada em 1802, na Alemanha, por Albrecht Daniel Thaer. Outro marco importante foi a criação, em 1848, do Instituto Nacional Agronômico de Versailles, na França.
A disciplina, cujo nome quer dizer “manejo do campo”, chegou ao Brasil no fim do século 19. Aqui, a primeira escola de agronomia foi fundada em 1875 em São Bento das Lajes, na Bahia. Tinha por objetivo a formação de mão de obra especializada para o cultivo da lavoura no País, que começava a receber os primeiros imigrantes europeus para trabalhar no campo.
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Pelotas foi a segunda cidade do Brasil a contar com uma escola agronômica, que hoje é ligada à Universidade Federal de Pelotas. Em 1933, foi o gaúcho Getúlio Vargas quem formalizou a ocupação no Brasil. Ele previu a criação de conselhos que normatizaram e fomentaram a execução da profissão. Isso foi fundamental para o País tornar-se o maior exportador de alimentos, mesmo diante do êxodo rural ocorrido a partir da década de 1970.
Em 1966, sob o governo Costa e Silva, a profissão passou a ser normatizada também pela Lei Federal 5.194/66. Ela prevê, por exemplo, que o termo correto para designar a ocupação não é “agrônomo”, mas sim “engenheiro agrônomo”. Porém, como ela foi publicada em 24 de dezembro, comemora-se o Dia do Engenheiro Agrônomo em 12 de outubro, data em que Vargas criou os conselhos, em 1933.
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