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Trasnportes

Agronegócio é empecilho para denominador comum no preço do frete

O delegado regional do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Rio Grande do Sul (Setcergs), Alaor Coelho Canêz, concedeu entrevista à Rádio Gazeta nesta quinta-feira, 12, para falar sobre a situação dos transportadores após a greve dos caminhoneiros, encerrada no início de junho.

Em relação à nova tabela de fretes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o dirigente sindical acredita que haverá mudanças significativas somente em alguns setores, como a indústria. “O reajuste será semestral ou quando o impacto de uma alta no preço dos combustíveis for muito alto. Vai apertar na indústria, mas será ainda maior no agronegócio. Os autônomos reivindicaram porque as transportadoras repassavam muito pouco. Haverá diversos percentuais, de 10 a 150%, conforme o cliente e o segmento”, disse.

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Segundo Canêz, o ramo de transportes sofre. “A indústria e comércio não tem como repassar, já que existe uma negociação com os clientes. Mas vamos ter que entrar em acordo, caso a caso, como na indústria fumageira. No caso da carga fracionada, o valor vai subir se a distância for muito grande. Esse é o drama para que a gente possa chegar a um denominador comum”, salientou. “A queda de braço está no agronegócio. É uma novela que está em aberto. O repasse do custo será sentido a partir de setembro. A população vai sentir também no bolso. O valor estava defasado e os motoristas tinham razão”, finalizou.

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