Com o propósito de destacar a diversificação no campo, a Prefeitura de Sinimbu e o escritório local da Emater/RS-Ascar promoveram um dia de visitas nessa terça-feira, 10, com um roteiro formado por três agroindústrias do município.
As histórias de cada uma servem de inspiração e podem motivar outras famílias de agricultores. A pioneira foi Íria Pranke, em 2012, que reduziu a produção de tabaco para investir em cucas, tortas, bolos e pães. Com o suporte de recursos públicos e apoio técnico, as dificuldades são superadas aos poucos. Um dos desafios é a falta de rede trifásica, demandas do interior para a instalação de equipamentos mais potentes.
A primeira parada foi na propriedade de Orlando Knobloch, de 70 anos, em Linha São João. Ele, a esposa Marlise Knobloch, de 69 anos, o filho Jarbas Knobloch, de 36, e a nora Luciane Knobloch, de 29, investiram cerca de R$ 56 mil para montar a São João Ovos Coloniais. A estrutura com sala de limpeza, ovoscópio e área de embalagens começou a ser construída em 2018. A empresa entrou em operação em fevereiro do ano passado. São de 35 a 38 dúzias diárias de produção, com cerca de 800 galinhas.
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A venda dos ovos acontece em 38 locais e também pela internet, instalada por Orlando, que está prestes a receber certificação do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), o que garante a expansão para outros municípios.
No interior de Sinimbu, foi o primeiro a instalar um biodigestor, por R$ 7,3 mil. O rótulo conta até com QR Code. A Prefeitura colaborou com cascalhamento e terraplenagem do terreno acidentado. Da estrada até a agroindústria, a distância é de 1,6 quilômetro morro acima.
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No segundo estabelecimento, também em Linha São João, o acesso é mais fácil. A Embutidos Thier fica na beira da estrada. O negócio iniciou há quatro anos e agora a família buscou a legalização de acordo com a legislação.
No momento, há sete matrizes e um total de 20 suínos na propriedade. A intenção é expandir para 250 no intervalo de um ano. Conforme Jairo Thier, de 47 anos, o investimento foi de R$ 85 mil, além do valor de R$ 45 mil aplicado no veículo para entregas.
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O filho Jardel Thier, de 21 anos, fará um curso de boas práticas para que o empreendimento possa conseguir o ingresso no Susaf. A esposa de Jairo, Janete Thier, de 41 anos, também auxilia na produção de linguiças e salsichões, que chegam a 600 quilos por semana. Os animais são abatidos em um frigorífico e a família realiza o processamento.
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Família aposta em várias opções de renda
A última família visitada no roteiro por agroindústrias em Sinimbu mora em Linha Rio Grande. Cristiano Hirsch, de 41 anos, e Janice Hirsch, de 39, trabalham com processamento de aipim, vendido congelado ou em chips.
O início do empreendimento ocorreu com a inclusão do casal no fornecimento para a alimentação escolar em 2010. No ano passado, a agroindústria foi construída. As vendas se expandiram, de forma direta e nas feiras de Sinimbu. A produção está em 400 quilos por mês, mas a intenção é aumentar para cobrir os custos.
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A família também mantém produção em estufas para uso em conservas: pepino, cenoura, vagem, couve-flor e pimentão. Potes de sal temperado e pasta de alho igualmente fazem parte da variedade de produtos. O investimento foi de R$ 105 mil.
Na propriedade de 23 hectares o casal também planta tabaco, milho, feijão e batata-doce. Janice faz parte do grupo Mãos Que Fazem Arte e incrementa a renda com a venda de artesanatos. Eles pretendem focar na agroindústria aos poucos, assim que quitarem financiamentos com trator e implementos.
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A comitiva que participou do roteiro nessa terça-feira contou com a participação de representantes regionais, como o presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede/VRP), Heitor Petry; a gerente regional da Emater, Lúcia Helena da Silva Souza; os extensionistas locais Luis Fernando Marion e Paula Sabrina Mallmann; e a prefeita Sandra Backes.
Sinimbu pretende chegar a oito agroindústrias até o fim do ano. Dos recursos obtidos pelo Corede na Consulta Popular, R$ 400 mil foram para projetos de agroindústrias na região, por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper).
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