Agronegócio

Agroindústria familiar favorece sucessão rural e demonstra potencial do setor

Com 216 agroindústrias familiares, de 110 municípios gaúchos, sendo 40 empreendimentos estreantes, o Pavilhão da Agricultura Familiar na Expoagro Afubra sempre é um local bastante movimentado e que demonstra a diversidade e o potencial do setor. O perfil dos empreendedores é caracterizado pelo predomínio dos jovens e mulheres. Entre os participantes, 50 são jovens e 115 são mulheres.

“A agroindústria familiar é uma boa alternativa para os jovens, a gente tem visto inclusive que muitos que já tinham saído da propriedade, quando os pais montam a agroindústria eles retornam, e aqueles que ainda não saíram continuam na propriedade. Também é uma atividade que as mulheres jovens têm trabalhado bastante e se destacado, principalmente na questão da gestão, do comércio, permanecendo na propriedade rural”, ressalta o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Olívio Faccin, um dos coordenadores do pavilhão, juntamente com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Afubra e Fetag/RS.

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Ele destaca ainda que a Emater/RS-Ascar é responsável pela execução do Programa de Agroindústria Familiar (Peaf) da SDR, por meio do qual incentiva a participação dos interessados em cursos nos Centros de Treinamento, onde é trabalhado o processamento e as Boas Práticas de Fabricação, encaminha o cadastramento, assessora na elaboração dos projetos e na obtenção de crédito para fazer a legalização das agroindústrias, além de prestar apoio na comercialização.

Jovem à frente do empreendimento

Barras de cereais de diversos sabores, até de butiá, araçá e guabiroba. Esse é o produto que o jovem William Pressi, da agroindústria Família Pressi, de Santo Antônio do Palma, comercializa no Pavilhão e que garantiu a sua permanência no meio rural. Ele conta que a agroindústria foi idealizada por um tio, que estruturou o negócio e faleceu. William, que cursava Agronegócio e já tinha a perspectiva de permanecer no campo, mas trabalhava com a produção de ovos, assumiu o empreendimento em 2017.

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“Daí pra frente só alavancamos, com as feiras, usando essa vitrine importante que a gente tem. A agroindústria, com a agregação de valor ao que é produzido, só abriu mais o horizonte. Eu gosto muito de trabalhar em contato com o público, então pra mim é muito legal tanto fazer um produto de boa qualidade pro meu cliente quanto estar na feira em contato com o público. As feiras aproximam muito a gente do público, criam essa ligação com os clientes. E isso é muito gratificante”, salienta.

Vendas

A julgar pelo resultado das vendas no primeiro dia, as expectativas em termos de comercialização são boas. O levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar indica que na terça-feira, 19, foram comercializados no pavilhão R$ 343.947,14, o que representa um aumento de 24,7% em relação ao mesmo período do não passado (R$ 275.812,00).

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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