Um grupo de agricultores familiares do oeste da França, que está no Rio Grande do Sul para acompanhar um trabalho desenvolvido por eles com seis famílias de assentados gaúchos que receberam ajuda para a criação de uma queijaria no início dos anos 2000, visitou o Escritório Central da Emater/RS-Ascar, em Porto Alegre, nessa quarta-feira, 7. Eles participaram de um momento de troca de experiências com a diretoria e um grupo de profissionais de diversas áreas da instituição.
O presidente da Emater/RS, Clair Tomé Kuhn, apresentou o trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social desenvolvido no Estado, destacando a sua presença em 494 dos 497 municípios do RS. “Nossos extensionistas levam até os agricultores informações técnicas e de cunho social, para que possam produzir mais e melhor, preservando o solo e o meio ambiente, obtendo mais qualidade de vida e garantindo a permanência dos jovens no meio rural”, salientou Kuhn.
Os visitantes entenderam a importância da atuação da Emater/RS-Ascar, destacando que os agricultores franceses não recebem este tipo de serviço de uma instituição pública ou que recebe recursos públicos para o seu financiamento.
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O produtor Patrick Baron falou sobre a realidade da agricultura no país europeu. De acordo com ele, os franceses vivem duas crises, relativas à sucessão rural e à produção. “Cinquenta por cento dos nossos agricultores têm mais de 50 anos e considerando que, em média, eles se aposentam por volta dos 62 anos, daqui a uma década metade dos agricultores deixarão as atividades. Para acessar programas de crédito rural é exigida uma formação e postas barreiras que quase impedem quem quer ingressar na profissão de acessar essas políticas, o que dificulta a sucessão”, destaca Baron. Em relação à produção, o agricultor destaca que a produção animal vem diminuindo e dando lugar a vegetal, o que eles chamam de vegetalização, que demanda mais terras para alcançar uma produção maior.
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