Um grupo de 20 agricultores da região, ligados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), esteve nessa quarta-feira, 30, em Porto Alegre, ao lado de representantes de 321 sindicatos vinculados à entidade, para buscar respostas sobre a pauta da estiagem. Os manifestantes ocuparam a Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A regional do Vale do Rio Pardo terá mais 90 agricultores presentes nesta quinta-feira, 31, quando são esperadas mil pessoas de todo o Estado nas manifestações.
Vice-tesoureira e coordenadora de jovens do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares (STR) de Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol e Herveiras, Marieli Müller diz que as manifestações já haviam começado no dia 16 de fevereiro, em Ijuí, com a presença de 6 mil pessoas no 10º Grito de Alerta. “Precisamos de um retorno dos governos. É um anseio dos agricultores, que sofreram bastante com a estiagem neste ano”, ressaltou. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vera Cruz, Cristian Wagner, está coordenando o grupo da região presente em Porto Alegre.
O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, acredita que é necessário agir com maior intensidade. “Eles precisam escutar nossas súplicas. Estamos cansados de promessas e nenhuma ação. Chega de reuniões. Queremos soluções”, declarou.
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Na Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), agricultores vinculados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do RS (Fetraf) permaneceram na sede da pasta após uma reunião sem avanços com a secretária Silvana Covatti, na terça-feira. Os produtores esperam o pagamento de auxílio de um salário-mínimo para mais de 137 mil famílias e a liberação de R$ 10 mil em financiamento sem juros para 40 mil famílias. A entidade estima que, ao todo, 250 mil famílias rurais foram afetadas pela falta de chuvas.
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Em nota oficial, a Fetag-RS e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais afirmaram que “mesmo após dois dias de mobilização na sede da Superintendência do Mapa, em Porto Alegre, os governos estadual e federal seguem sem dar a devida atenção para a agricultura e a pecuária familiar. Nenhuma das medidas foi atendida ou pelo menos teve algum encaminhamento satisfatório anunciado”.
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O texto também enfatiza que as manifestações continuam nesta quinta-feira. “Reforçamos que nesta quinta-feira subiremos o tom e cobraremos muito fortemente o Ministério da Agricultura, em reunião que será realizada por videoconferência, e governo do Estado do Rio Grande do Sul em reunião presencial que contará com a participação de representantes da Fetag-RS, dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, das regionais sindicais, secretários estaduais e do governador.”
O Mapa afirma que trabalha junto ao Ministério da Economia pela liberação de desconto no pagamento da dívida dos produtores amparados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). No início do mês, a ministra Tereza Cristina anunciou R$ 2,8 bilhões para amenizar os impactos da estiagem. Contudo, a liberação dos recursos depende de Medida Provisória (MP) e da votação do Projeto de Lei do Congresso (PLN1) para abertura de crédito suplementar.
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