Agricultor pensa em largar produção de mandioca após vários furtos

A recente sequência de furtos em sua propriedade rural vem desestimulando o santa-cruzense Hardi Aloisio Lersch, de 63 anos, a dar continuidade à produção de mandioca. Pelo menos mil pés do alimento foram levados em quatro oportunidades nos últimos dois meses. A última ocorreu na sexta-feira passada. “É difícil porque gastamos para plantar, pago peão, tem a colheita. É complicado quando chego na lavoura e dou de cara com grandes quantidades levadas”, afirmou o agricultor.

A produção é um complemento financeiro para Lersch. Ele tem uma propriedade rural em Linha Fritzen, Cerro Alegre Alto, mas mora em uma residência no Bairro Arroio Grande, onde também funciona sua borracharia. O ponto tradicional, junto à passarela da Avenida Euclydes Kliemann, é ocupado por ele há 30 anos. Há 15, decidiu ampliar a receita mensal com a produção do aipim. Este ano, foram 25 mil pés plantados.

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No entanto, ele vem pensando seriamente em desistir da plantação depois do prejuízo, até o momento, de cerca de R$ 6 mil. “Planto para auxiliar na renda. Vendo o produto na borracharia e em um comércio nas proximidades de casa. Só que desse jeito, com tanta perda, venho pensando em desistir da lavoura”, disse o santa-cruzense de 63 anos. Nem mesmo alguns obstáculos criados na estrada da lavoura, para atrapalhar os ladrões, foram suficientes para conter a ação criminosa.

“Coloquei uma grande quantidade de pedras aqui, para evitar a passagem de automóveis, mas eles vêm de camionete e passam por cima. É triste.” Hardi ainda mostrou à reportagem da Gazeta do Sul uma série de rastros deixados por carroças. “Em algumas vezes, eles arrancam as raízes e levam embora. Em outras, pegam os pés por completo, com ramas e tudo, e colocam na camionete ou mesmo em uma carroça.”

Como não há moradores perto da lavoura, Hardi Aloisio Lersch acredita que somente a ação policial poderia ajudar a coibir os furtos. “Eu gostaria muito que a polícia, de vez quando, passasse mais por aqui, ligasse a sirene um pouco. Isso já ia chamar a atenção dos ladrões, para ver que tem fiscalização, e iriam pensar mais vezes antes de fazer algo”, disse o agricultor.

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