O industriário aposentado e agricultor Geraldo Artur Eidt, de 66 anos, afirma que está sem água para beber e vê peixes morrerem no pequeno açude abastecido por uma vertente na propriedade em que reside. Ele mora em uma área de três hectares no quilômetro 99 da RSC-287, em frente ao Grupo Rodoviário da Polícia Militar. A causa do problema, segundo ele, é a obra de duplicação da rodovia.
Geraldo acionou o Ministério Público ainda em 2012, quando o consórcio Ebrax-Iccila iniciou os trabalhos. Nessa quarta-feira, protocolou uma nova queixa dando conta de que a água tornou-se imprópria para o consumo. “Estão interceptando a vertente, sujando a água. Os peixes estão morrendo”, lamenta.
Água para consumo da família está desta cor
Foto: Marília Nascimento/Gazeta do Sul
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A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) afirmou que está com a documentação em dia, inclusive com a licença de instalação emitida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), sob o número 00838/2016.
Nessa quinta-feira, 17, o engenheiro do consórcio Ebrax-Iccila, Fábio Medeiros, tentou dialogar com o agricultor, que protestava impedindo o trânsito das máquinas com pedras e galhos de árvores. No entanto, não obteve sucesso na tentativa já que Geraldo alega que a empresa está ironizando a situação.
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