Um agricultor de Travessa Stoelben, em Linha João Alves, interior de Santa Cruz do Sul, sofre com a ação de ladrões em sua lavoura de milho, cultivada em uma área arrendada de seis hectares. Só na última semana, 50 espigas foram furtadas. Um vizinho ainda conseguiu ver de longe um dos larápios em fuga.
Em outra ocasião, um homem de carro recolhia espigas acompanhado da esposa e filhos. Abordado pela vizinhança, alegou que as pegaria para dar às crianças. Mas, quando escureceu, voltou para levar sacolas cheias.
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Para evitar novos casos, Clóvis Bartz, de 47 anos, decidiu instalar placas em frente à lavoura, na beira da estrada, para assustar os que se arriscam a levar as espigas. Os avisos alertam para a presença de agrotóxicos na plantação. A lavoura foi plantada em julho e as espigas ainda não estão no ponto.
“Não tenho a quem recorrer. Meu pai também passou por isso, já denunciou na polícia. Nada foi feito. Tivemos um vizinho que teve verduras furtadas também. É bem complicado”, conta. Nos últimos anos, segundo ele, as ocorrências intensificaram-se.
Bartz ainda precisa calcular os prejuízos da estiagem. Parte do que plantou de milho já está perdida. O restante será destinado à produção de grãos, e os menos desenvolvidos vão complementar a silagem para o gado de corte. Bartz investiu na irrigação para a lavoura de tabaco, cultura castigada pela falta de chuvas em algumas localidades. “Temos um alto investimento e, muitas vezes, não conseguimos recuperar em épocas de seca. Ainda tenho que me preocupar com os roubos das espigas. Não é fácil”, complementa.
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