Agosto é o mês dedicado à conscientização pela prevenção e diagnóstico precoce ao linfoma. Este trata-se de um tipo de câncer que afeta os linfócitos, células responsáveis por proteger o corpo de infecções e doenças, e desenvolve-se principalmente nos linfonodos. Os linfomas são divididos em dois tipos: os de Hodgkin e não-Hodgkin. Dentro desses dois grupos existe ainda outra subdivisão em diversas categorias. A diferença entre eles está na característica das células encontradas no tumor.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o linfoma de Hodgkin pode surgir em qualquer parte do corpo, e os sintomas dependem da sua localização. Caso se desenvolva em linfonodos superficiais do pescoço, axilas e virilha, formam-se ínguas (linfonodos inchados) indolores nesses locais. Se a doença ocorre na região do tórax podem surgir tosse, falta de ar e dor torácica. Quando se apresenta na pelve ou no abdômen, os sintomas são desconforto e distensão abdominal. Outros sinais de alerta são febre, cansaço, suor noturno, perda de peso sem motivo aparente e coceira no corpo. Já o linfoma não-Hodgkin é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada. Existem mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin.
Convivendo com a doença há alguns meses, a sobradinhense Danusa Lazzari, 38 anos, coach e analista de mapa astral, relatou ao programa Giro Regional como foi o diagnóstico e o momento atual, no qual encontra-se em tratamento. Segundo ela, a confirmação do diagnóstico para o câncer ocorreu em maio deste ano, após procurar auxílio médico ao sentir coceiras pelo corpo. “Já vinha com alguns sinais, mas não sabia do que era. Tinha um gânglio no pescoço, um carocinho como se fosse uma íngua. Além disso, de tanta coceira pelo corpo, chegava a rasgar a pele, mas não sabia que ambas as coisas tinham ligação”, revela.
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Ao consultar o médico, o profissional lhe solicitou um exame de ecografia, no qual mostrou alteração, sendo encaminhada para mais exames e biópsia. “Com os exames então veio a confirmação para o linfoma de Hodgkin, um dos tipos de linfoma”, explica Danusa, ressaltando que o anúncio da doença foi feito de maneira que a deixou menos tensa. “O médico buscou trazer o diagnóstico de uma forma muito positiva e acho que isso fez toda a diferença desde o início do tratamento. Ele teve uma presença de espírito incrível, explicou que era a doença dos vasos linfáticos, que teria que fazer uma medicação, mas que era para ficar tranquila”, conta.
Conforme a coach, a positividade do médico lhe reforçou a esperança. Assim ela foi encaminhada para uma médica onco-hematologista, dando início ao tratamento. “A remoção do linfoma é feita com medicação. Tenho realizado quimioterapias quinzenalmente. Em princípio, serão doze, ao longo de seis meses. Já fiz quatro sessões e agora farei um novo exame para analisar como está reagindo em relação ao medicamento e como está evoluindo a cura. Estou na expectativa”, frisa.
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Conforme ela, é preciso concentrar-se nas informações que irão contribuir ao longo do processo. “Busco pesquisar sobre coisas que possam me ajudar e não sobre a doença em si. Cada organismo é único, as experiências das outras pessoas não necessariamente vão ter haver com a tua experiência, e a gente já fica condicionado àquilo. Cada caso é um caso, então tenho deixado fluir. Estou aberta ao que o meu processo me apresentar e estou deixando a vida me surpreender positivamente, inclusive, porque a gente acaba contando sempre com aquela coisa ruim e talvez não seja assim”, ressalta.
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Ainda segundo Danusa, o câncer é um assunto complexo. “O câncer é um assunto muito velado e a gente tem ainda a crença muito forte de olhar para isso como uma sentença de morte, mas não sinto isso dentro do meu coração, acho que não é por aí. Agora que estou passando por isso, posso falar e ajudar, quem sabe trazendo uma outra percepção sobre isso. Mas, acredito que cada pessoa vai ter a sua experiência. Aquilo que estou vivendo não vai servir para todo mundo, pois cada organismo é diferente, assim como cada tipo de câncer e tratamento. Contudo, acredito que a crença em um propósito por trás de tudo isso é independente do tipo de câncer e da situação da pessoa”, menciona.
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De acordo com Danusa, a forma como se encara o tratamento desde o início pode fazer toda a diferença. “Quando vou para uma sessão de quimio, sei que é o tratamento que vai ajudar a curar, então é preciso olhar para essa medicação, não para os efeitos colaterais que ela traz, mas que aquilo está curando. Toda essa forma de olhar para o processo pode fazer grande diferença sim. Busco incentivar as pessoas a não terem medo e enfrentar. Acredito muito que tem um propósito por trás de tudo. A cura do corpo físico às vezes é a porta de entrada para a cura de questões emocionais, de relacionamento. Quando tem alguém doente, tem toda uma família sendo trabalhada, reunida, então tem um propósito muito maior, e se a gente se permitir viver isso e deixar isso se manifestar, pode ser um divisor de águas incrível, e já sinto isso na minha vida. Não tem como sair de uma situação dessa do mesmo jeito que tu entrou e a vida, acho que vai ter outro sabor, (e já tenho sentido isso)”, conclui.
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A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor em uma fase inicial e possibilitar maior chance de tratamento. Além de ter acompanhamento médico periódico, manter hábitos saudáveis é importante sempre.
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Visando divulgar a importância da prevenção aos diferentes tipos de câncer, a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Sobradinho, em parceria com a Gazeta, traz, a cada mês, de acordo com a cor da campanha, informações sobre cada câncer destacado.
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