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Agosto Laranja: um mês especial para a Apae santa-cruzense

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Santa Cruz do Sul possui uma história pautada pela defesa dos direitos das pessoas com deficiência intelectual e múltipla. A entidade foi fundada em 25 de novembro de 1963, pela professora Elisa Gil Borowski, sendo a 21ª do Brasil. A Apae é uma instituição privada filantrópica que atua nas áreas de assistência social, educação e saúde. Tem como missão promover e articular ações de defesa de direitos e prevenção, orientações, prestação de serviços, apoio à família e à construção de uma sociedade justa e solidária.

Atualmente, atende mais de 500 pessoas com deficiência intelectual e múltipla, sendo 366 na clínica de saúde, 123 na área da assistência social e 84 alunos na educação. Além disso, conta com 58 profissionais para serviços e uma diretoria composta por 30 voluntários. A instituição mantém estrutura diferenciada na atenção à pessoa com deficiência intelectual ou múltipla. A Clínica da Apae oferece atenção especializada de fisioterapia, psicologia, neurologia, serviço social, terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrição, estimulação precoce, equoterapia e psicomotricidade.

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Na área educacional, na Escola de Educação Especial Interativa, os alunos, além de receber a escolarização inicial, são assistidos por projetos multidisciplinares nas áreas de música, dança, esportes e hidroginástica. Recebem também apoio pedagógico individualizado com neuropsicopedagogia. A assistência social atua na proteção básica e especial de média complexidade para os atendidos. Nessa área são oferecidos programas como o de trabalho, mercado e renda e grupos de convivência.

Maribel Dockhorn: ações são voluntárias

A entidade também realiza muitos eventos e ações junto à comunidade, com o propósito de manter serviços e projetos ou ainda incrementar atividades. Essas iniciativas são lideradas e executadas por voluntários que integram a Diretoria, Conselhos de Administração e Fiscal, somados a dezenas de pessoas abnegadas e empresas parceiras. A atual gestão conta com Maribel Dockhorn como presidente, Roseli Frei como diretora, Ines Pereira à frente da coordenação de Assistência Social, Marina Borowsky na coordenação da Clínica e Sandra Kist como coordenadora escolar.

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A presidente Maribel conta que atua há três anos na Apae e que a entidade exige um envolvimento constante. “A gente faz eventos, projetos, sempre procurando trazer o melhor para nossa entidade. Eu tenho uma diretoria que está sempre me acompanhando, o que é muito importante”, destacou. A Apae fará 59 anos em novembro e ela antecipa que ocorrerá uma grandiosa celebração.

Acesso aos serviços deve ser por meio do SUS

A porta de entrada para a Apae é o Sistema Único de Saúde (SUS). A pessoa com deficiência intelectual e múltipla primeiramente deve ser atendida no posto de saúde, onde será encaminhada para a Secretaria Municipal da Saúde. Passada essa fase, a próxima etapa será na 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, onde farão o encaminhamento para a Apae.

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Roseli Frei: atendimentos individualizados

Dentro da entidade, o atendido e sua família são apresentados a todo o processo de inicialização, que abrange uma série de avaliações com inúmeros profissionais. Após esse contato, é feito um estudo de caso do assistido. A partir disso, são sugeridos os atendimentos necessários dentro ou fora da instituição.
A diretora Roseli Frei afirma que a grande maioria é atendida pela assistência social e o corpo clínico. “Nós somos parceiros da inclusão e fazemos de tudo com aquele atendido, para que ele seja incluído. Então, se percebemos que aquele aluno da escola é capaz de ir para uma escola regular, a gente também leva em consideração se ele será bem atendido”, explica.

Ainda de acordo com a diretora, a pessoa atendida pode passar para outros serviços conforme a sua progressão. “Cada caso é avaliado com muito cuidado e atenção. Os atendimentos são feitos de modo individual para não suprimir o atendido”, esclarece.

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Semana para refletir

A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla é comemorada de 21 a 27 de agosto. Segundo dados da Biblioteca Virtual da Saúde, a data foi instituída pela Lei 13.585/2.017 e visa ao desenvolvimento de conteúdos para conscientizar a sociedade sobre as necessidades específicas de organização social e de políticas públicas para promover a inclusão, bem como combater o preconceito e a discriminação.

Em Santa Cruz do Sul, além de promover atividades alusivas a esse período, a Apae, juntamente com o poder público, instituiu o Agosto Laranja como lei municipal. “A gente percebeu a necessidade de incluir todas as deficiências, por isso foi criado o Agosto Laranja. O tema nacional deste ano é eliminar barreiras para garantir a inclusão, por isso estamos trazendo barreiras que precisamos derrubar para garantir essa inclusão, seja na parte atitudinal ou na acessibilidade arquitetônica”, afirma a presidente.

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Captação de recursos

Para realizar suas atividades e eventos, a Apae recebe recursos via SUS, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), projetos do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica), Imposto de Renda, nota fiscal gaúcha, eventos e doações autônomas ou dos setores públicos e privados. Interessados em ajudar a instituição devem entrar no site www.apaesantacruzdosul.org.br e ir na aba Contribuições ou ainda fazer um Pix usando o número (51) 986009386.

Para assegurar a realização das atividades, além dos recursos recebidos por meio de verbas públicas, entidade também conta com auxílio da comunidade

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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