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ALEITAMENTO MATERNO

Agosto Dourado: mês que simboliza a luta pelo incentivo à amamentação

Foto: Alencar da Rosa

Eluana Hermes conta com o auxílio de profissionais para a prática da amamentação

Quando o assunto é amamentação, a empresária Eluana Hermes, de 35 anos, não contém a emoção. Mãe de três filhos, ela compreende a importância do gesto. “Eu sempre soube que queria amamentar. Afinal, não existe alimento mais completo que o leite materno. Para mim, poder proporcionar isso aos meus filhos… é tudo.”

A primeira experiência ocorreu em 2017, com Théo, nascido no dia 27 de dezembro. Agora, ela vive uma nova fase com as filhas Aurora e Mariah, vindas ao mundo no dia 14 de julho deste ano. “Eu achava que já sabia muito, mas aí vieram as gêmeas e percebi que não. O menino mamou no peito até os 2 anos e 3 meses. A ideia é seguir assim com elas também”, conta.

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Para isso, Eluana conta com assessoria profissional das consultoras em amamentação Ingre Paz e Maitê Lima, ambas enfermeiras. “O aleitamento materno é a base da vida, o ponto de partida da nutrição e da relação lactante–lactente e parte do caminho da perpetuação da espécie. Estudos e pesquisas têm demonstrado a importância da proteção, promoção e apoio à prática”, afirma Ingre, professora universitária. 

Conforme Maitê, uma família pode amparar a outra, tendo a supervisão de profissionais de saúde, com o objetivo de apoiar o sucesso da amamentação. “É um trabalho em conjunto. Nem tudo requer muita técnica ou altos gastos, mas sim uma dose de boa vontade e engajamento.”

Além disso, a dupla acredita que políticas e legislação de proteção social para as mães e pais fazem toda a diferença. O local de trabalho (formal ou informal) amigo, segundo as profissionais, é fundamental, assim como a adoção de licenças maternidade e paternidade mais generosas e mais justas em empresas de todo o mundo. “Ambos têm igual importância no sucesso da amamentação”, lembra Ingre.

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Preocupação deve ser de toda a sociedade

Segundo a pediatra Carolina Braga Damasceno, pós-graduada em neonatologia e consultora de amamentação, amamentar é algo natural, porém não instintivo. “Exige muito comprometimento, tanto da família quanto da rede de saúde. Por isso, o Agosto Dourado é tão importante.” De acordo com ela, a sua promoção é sinônimo de política de saúde pública. “Nós, profissionais da área, precisamos estar atualizados e preparados para dar suporte aos envolvidos.”

Conforme Carolina, rotineira da maternidade do Hospital Santa Cruz (HSC), neste ano o objetivo da campanha é justamente apoiar as famílias que trabalham. O retorno às atividades profissionais, muitas vezes, faz com que ocorra o desmame precoce. “Aumentar o tempo de licença-maternidade para seis meses e apoiar as mães para que sigam amamentando, mesmo de volta ao trabalho, é fundamental. Nosso país precisa evoluir muito ainda nesse quesito. Cobrar políticas públicas e privadas é o nosso papel enquanto pediatras e apoiadores da amamentação.”

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Santa Cruz terá atividades especiais

Em alusão ao Agosto Dourado, atividades especiais também serão realizadas no Hospital Santa Cruz. Nas redes sociais, haverá a publicação de vídeos informativos sobre amamentação. Os materiais foram gravados na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) com médicas e enfermeiras da instituição. Neles será possível conferir diferentes questões, como a importância da amamentação, posição correta para amamentar, cuidados com a mama e procedimento com bebês prematuros, entre outros.

Já na próxima sexta-feira, 4, à tarde, as mamães internadas serão convidadas a participar do “mamaço” na sala do recém-nascido, na maternidade. Durante o momento – o primeiro pós-pandemia –, enfermeiras e médicas darão orientações às participantes.

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Além disso, o hospital prepara novo material informativo, com dados do Ministério da Saúde, para distribuição entre pacientes. Nele irão constar orientações sobre o aleitamento materno (pega correta, término da mamada e benefícios para mamães e bebês). Já nos postos de saúde do Município e no Centro Materno Infantil (Cemai), serão promovidos momentos para orientações específicas.

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Ministério anuncia salas de amamentação na Saúde

O Ministério da Saúde anunciou na segunda-feira, 31, que pretende instalar salas de amamentação em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todo o Brasil. A iniciativa visa apoiar mães que trabalham fora de casa, principalmente as que não têm vínculo empregatício formal e, portanto, não contam com amparo legal. A proposta ministerial é que os projetos arquitetônicos para construção de unidades com mais de quatro equipes de saúde prevejam um espaço apropriado para que mulheres possam amamentar seus filhos ou coletar leite para doação à Rede de Bancos de Leite.

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Saiba mais

Desde o seu surgimento, em 1991, a World Alliance for Breastfeeding Action tem estabelecido critérios para informar, desenvolver e alinhar ações em favor da amamentação. Uma delas foi a criação do Agosto Dourado para sensibilização e conscientização universal sobre a importância do aleitamento materno. Desde esta terça, 1º, até a próxima segunda-feira, 7, é promovida a Semana Mundial do Aleitamento Materno. Neste ano, o tema é Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham. A ampliação da amamentação pode prevenir 823 mil mortes de crianças e 20 mil mortes por câncer de mama por ano.

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