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Agora, obras no viaduto Fritz e Frida somente em 8 de janeiro

Os motoristas que passarem pelo viaduto do Fritz e Frida na RSC-287 deverão ver as máquinas paradas nesta reta final de 2017. A previsão é de que os trabalhos sejam retomados somente no dia 8 de janeiro, segundo o empresário Adair Gomes, que presta serviços para o consórcio Ebrax-Iccila, responsável pela obra iniciada em 2015, mas que até agora não foi concluída. Por causa da paralisação das atividades às vésperas do encerramento do ano, os veículos utilizados já foram guardados em frente ao posto do Pelotão Rodoviário da Brigada Militar.

Na última segunda-feira, Gomes voltou a protestar, alegando falta de pagamento por parte da Ebrax-Iccila. Segundo ele, a situação permanece indefinida. “Dispensaram o pessoal até o dia 8 (de janeiro). Não vamos parar de incomodar enquanto eles não pagarem”, frisou ele, que é proprietário da Bertoldo Transportes, de Sapiranga. O empresário afirma ter R$ 400 mil a receber – R$ 200 mil pela obra na RSC-287 e outros R$ 200 mil na duplicação da BR-290, em Pantano Grande. “Se nada for feito, no dia 9 vamos trancar tudo, não vamos deixar trabalhar”, ameaçou.

Segundo Gomes, os débitos causaram enormes prejuízos no andamento da empresa. “Tive que vender dois caminhões e um sítio para não fechar. Já fiz vários protestos, mas nunca adiantou. O giro (de capital) que eu tinha, eu gastei tudo ali (no viaduto)”, lamentou. Ainda na segunda-feira, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) garantiu que repassa em dia os pagamentos ao consórcio. A Gazeta do Sul tentou contato com o representante da Ebrax-Iccila, mas não obteve sucesso até o fechamento desta edição.

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Trevo construído a poucos metros do viaduto causa dificuldades a veículos maiores. Foto: Rodrigo Assmann.

Entorno também é motivo de preocupação

O trevo construído em frente ao Posto Nevoeiro, a poucos metros do viaduto, virou motivo de preocupação para as empresas de transportes. Isso porque caminhões maiores encontram dificuldades para dobrar à esquerda, o que pode trancar o trânsito no sentido Santa Cruz–Venâncio Aires. 

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“Se para um caminhão normal já é complicado, imagine uma composição maior de 30 metros, como são os rodotrens. Já rodei muito por este Brasil afora e não me recordo de nenhum outro trevo assim, antes de um viaduto em que foi depositada tanta expectativa para desafogar o trânsito”, comentou o sócio-proprietário da Modal Transportes, João Pedro Heck.

O diretor regional do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs) em Santa Cruz, Alaor Canez, alertou para os perigos no local. “Os motoristas de carreta não vão ter visibilidade nenhuma. O contorno ficou muito estreito. Teria que ter sido feito em outro lugar, no mínimo 300, 400 metros adiante do viaduto. Os bitrens e rodotrens vão passar por cima do canteiro”, disse Canez, que teme o risco de acidentes naquele trevo. “Dependendo da velocidade em que os carros vierem no sentido Santa Cruz–Venâncio, pode ocorrer algo mais grave. Jamais poderiam ter feito dessa forma”, ressaltou.

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